segunda-feira, 18 de abril de 2011

Restaurante D.O.M aparece em sétimo na lista dos 50 melhores do mundo

(AFP)
LONDRES — Liderados pelo brasileiro D.O.M (sétimo), do chef Alex Atala (foto), quatro restaurantes latino-americanos aparecem neste ano na lista dos 50 melhores estabelecimentos do mundo, liderada pela segunda vez consecutiva pelo dinamarquês Noma.
O D.O.M, de São Paulo, décimo oitavo no ano passado, alcançou uma progressão espetacular e entrou pela primeira vez no Top Ten da prestigiada lista S. Pellegrino 2011, promovida pela revista britânica Restaurant e divulgada nesta segunda-feira à noite em Londres.
Atala, de 42 anos, levou seu restaurante para a elite da gastronomia mundial com uma cozinha que define como "simples e sustentável", feita a partir de produtos locais, entre eles alguns dos numerosos ingredientes fornecidos pela Amazônia.
O chef paulista, considerado por alguns o Ferran Adriá brasileiro - "mas um pouco mais selvagem", avisa - considera este reconhecimento uma recompensa "à consistência e regularidade" que tenta imprimir à sua cozinha e espera que sirva para ajudar os produtores nativos.
"Quando levamos um prato, não damos apenas um novo sabor, mas também um benefício para a natureza", explicou à AFP este cozinheiro, que lamenta que, por estar a 4 mil quilômetros da Amazônia, tenha que "pagar mais em transporte do que em produtos".
Atala mostrou-se esperançoso sobre o futuro dos restaurantes da América Latina, um continente que, segundo ele, está "aprendendo a caminhar" neste mundo. "Mas temos uma nova geração de cozinheiros que está saindo e acredito que vai nos dar muitas alegrias", ressaltou.
Além do D.O.M, outros três restaurantes latino-americanos, dois deles pela primeira vez, conseguiram entrar em 2011 na lista elaborada anualmente por 800 críticos, jornalistas e especialistas internacionais em gastronomia e esperada pelos "gourmets" de todo o mundo.
Dois deles são estreantes, o peruano Astrid y Gastón, do reconhecido chef Gastón Acurio, que alcançou a 42ª posição, e o mexicano Puyol, de Enrique Olvera, que ocupa o 49º lugar.
O também mexicano Biko passou em seu segundo ano de 46º a 31º.
O prêmio principal da noite foi pelo segundo ano consecutivo para o Noma, de Copenhague, do jovem chef René Redzepi, após desbancar em 2010 o El Bulli, do espanhol Ferrán Adriá.

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