segunda-feira, 18 de abril de 2011

Vereadores tucanos avaliam racha após eleição de aliado de Alckmin

Vereadores de SP querem espaço na direção que decidirá eleição em 2012.
Gilberto Natalini afirma que grupo está no limite e pode sair do partido.

Roney Domingos
Do G1 SP

Sentindo-se marginalizados no processo de sucessão no diretório municipal do PSDB de São Paulo, vereadores da bancada paulistana do partido devem se reunir na tarde desta segunda-feira (18) para estudar o que fazer caso sejam novamente preteridos na próxima discussão em torno da sucessão interna. Eles querem espaço no grupo que vai influenciar escolha de candidatos a prefeito e vereador em 2012. "Estamos na última tampa. Não suportamos mais a perseguição", disse o vereador Gilberto Natalini. Ele afirma que alguns dos 13 vereadores já falam em deixar o PSDB. "Não são nem um e nem dois e também não vamos para o partido do Kassab", afirmou.
Secretário de Alckmin vence eleição para o diretório do PSDB em SP
No domingo (10) os integrantes elegeram o atual secretário estadual de Gestão, Júlio Semeghini, fiel ao governador Geraldo Alckmin, para a presidência do partido. A bancada de vereadores abandonou a reunião argumentando que não foi atendida a reivindicação para que ficasse com a secretaria-geral. Uma nova tentativa de acordo foi feita na quinta-feira (15), sem sucesso.
Na quinta-feira, os vereadores estavam confiantes na possibilidade de acordo, com a cessão de espaço para três parlamentares paulistanos na secretaria-geral, na primeira tesouraria e de um vogal, mas a reunião terminou sem acordo.
Semeghini foi aliado do governador Geraldo Alckmin quando ele enfrentou resistência dentro do PSDB a seu nome como candidato do partido à Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2008. Na época, parte dos vereadores apoiou o então candidato do DEM, Gilberto Kassab. Semeghini ocupa o lugar do atual presidente do PSDB de SP, José Henrique Reis Lobo.
Em entrevista à Rádio CBN na manhã desta segunda-feira (18) (ouça aqui), Semeghini negou que haja uma crise no PSDB. Ele acredita que será possível manter no partido a maioria dos 13 vereadores tucanos e, assim, evitar uma saída em massa para o PSD, partido criado por Kassab.
“As lideranças trabalham para evitar que qualquer vereador saia do PSDB para qualquer outro partido. Estamos num processo delicado, da composição do diretório municipal (...) É importante que a gente consiga fazer essa articulação para segurá-los. O PSDB está muito unido para tentar segurá-los e construir um diretório novo e forte para disputar as próximas eleições”, disse Semeghini.

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