sexta-feira, 24 de junho de 2011

Ataques de hackers põem em xeque a segurança

Postagens nas redes sociais divergem quanto ao real sentido das ações e informações aparecem, inclusive, com suposto autor dos ataques
Brasil, América do Sul – Em que pese as supostas e divulgadas intenções dos grupos hackers “LulzSecBrazil”, braço brasileiro do grupo coletivo internacional Lulz Security, e Anonymous, de buscar informações de governo e licitações, e que a maioria da sociedade brasileira sequer tem noção do que está de fato acontecendo, a ação põe em xeque a segurança de todo e qualquer cidadão.
Os ataques foram iniciados, efetivamente, na madrugada desta quarta-feira, 22, com supostas tentativas de invasão a portais do governo brasileiro – Presidência da República, Receita Federal e Portal Brasil –, tirou do ar por quase quatro horas o portal da Petrobras e se estendeu nesta quinta-feira, 23, de “Corpus Christi”, com divulgação de obtenção de dados pessoais da presidente Dilma Rousseff e do prefeito Gilberto Kassabi, de São Paulo, bem como do Ministérios dos Esportes sobre valores referentes a repasses entre o governo federal e os Estados que sediaram jogos da Copa do Mundo de 2014, além de alguns portais, como do Senado da República e da Receita Federal, terem ficado fora do ar.
Quem se interessou pelo caso, e mais que isso, teve curiosidade em saber mais, poder ver que os ataques conjuntos LulzSecBrazil/ Anonymous em pouquíssimo tempo romperam as fronteiras simples do micro blog Twitter fazendo explodir os mais diversos tipos de mensagens por todos os pontos da internet, tomando páginas de sites de relacionamento e vídeos, além de se fazer presentes em fóruns de discussão.
No Orkut, por exemplo, seguindo o caminho “Comunidades > Esportes e Lazer > MMA Vale-Tudo - Pride & UFC > Fórum: [OFF] LulzSecBrazil derruba sites do governo”, durante toda esta quinta-feira as mensagens foram constantes, minuto a minutos, inclusive informando a série de vídeos postados pelo grupo hacker Anonymous para o Brasil.
Quase no final da manhã, às 11h21, foi postada uma mensagem falando sobre a invasão [imagem no alto da página – clique para ampliar e ver seu teor].
No minuto seguinte, às 11h22, também anônimo, estava postado o citado vídeo disponibilizado durante a madrugada no Youtube e o referentes endereços, tanto para o vídeo, “http://www.youtube.com/watch?v=aIsTd9WIRKU”, quanto para o micro blog, “http://twitter.com/LulzSecBrazil”.
Na prática, os ataques nem começaram e já demonstram estar se transformando em algo bastante perigoso. Algumas das mensagens postadas agora à noite colocam as ações sob suspeita.
“Fernando – Mudar alguma coisa? Mudar o que? LOL - Olha a cabeça dos caras, atacar um site do governo pq são contra injustiças e desigualdade social – LOL - Grande causa essa... como eu disse, daqui a uns meses esse assunto morre. Nao estou discutindo se vai dar certo ou não.. O que falta nisso é mais organização e mais divulgação, pq ninguem esta sabendo o porque de eles estarem fazendo isso. A globo, logicamente, nem comentou as causas das invasões.. Se todo mundo souber, as invasões seriam eficazes. A iniciativa é boa, vamos ver no que vai dar..”, postou o suposto Fernando.
Pouco depois, um novo “post”, desta vez sem qualquer identificação, todavia, reafirmando o posicionamento citado em mensagens anteriores. “Como eu disse, não há causa... filhinhos de papai querendo chamar a atenção... é nisso que esses grupos se resumem.”
As postagens que acontecessem a todo instante, sempre de forma anônima, não dão segurança necessária quanto à veracidade dos fatos, contudo, há instantes uma mensagem
sinalizava de que o autor seria alguém que quis se filiar ao grupo internacional LulzSec, criando a versão nacional com o acréscimo de Brazil, mas não teria sido aceito, de modo que o “post” aponta, inclusive dados pessoais do suposto “hacker” [imagem – clique para ampliar].
Fato é que, enquanto os técnicos em informática do governo e do Serpro se desdobram em varreduras e fortalecimento da segurança virtual aos portais do governo, as investigações tentam descobrir quem são os responsáveis e de onde tais ataques estão vindo.
Por fim, neste momento, os ataques parecem muito mais fazer parte de terrorismo, principalmente psicológico, do que exatamente o que anunciaram se tratar e, caso tais postagens se confirmem, até mesmo a organização LulzSec cai em descrédito gerado pela própria rede mundial de computadores a partir do momento em que qualquer usuário pode criar um perfil ou ter uma atividade usando o nome do grupo hacker acrescido de alguma letra ou número.

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