sábado, 4 de junho de 2011

Bombeiros invadem Quartel-Central

Manifestantes penduraram faixas de protesto em carros de combate a incêndio
Rio de Janeiro, Brasil – Trezentos bombeiros que protestavam por melhores salários e condições de trabalho invadiram o Quartel-Central da corporação, na Praça da República [foto portal SOSGUARDAVIDAS], na noite desta sexta-feira, 03. Eles penduraram faixas de protesto nos veículos de combate a incêndio, impedindo os que estavam de serviço de sair para trabalhar. Manifestantes agrediram o comandante do Batalhão de Choque, coronel Waldir Soares Filho, que foi ferido na perna.
“Agora a briga é com a PM”, avisou o comandante-geral, Mário Sérgio Duarte, ao saber da agressão. Ele foi ao pátio da corporação com colete a prova de balas e bloqueou com carro a saída do QG. Por volta das 22h, alertou que todos seriam presos se não deixassem o quartel.
Duarte prendeu o ex-corregedor da PM, coronel Paulo Ricardo Paul, que apoiava o protesto. O secretário de Saúde e Defesa Civil do Estado, Sérgio Côrtes, decidiu antecipar para hoje a volta dos EUA ao Rio.
Mulheres de Escudo
PM’s do Batalhão de Choque, do 3º BPM (Tiradentes) e a cavalo cercaram o prédio. Quase dois mil ficaram do lado de fora gritando palavras de ordem com ajuda de carro de som. Na tentativa de evitar que as tropas usassem a força para dispersá-los, manifestantes atravessaram um caminhão da corporação entre o pátio e o portão e montaram cordão de isolamento com mulheres.
Às 19h30, os bombeiros forçaram o portão, se sentaram no pátio e avisaram que só sairiam após negociar com o governador Sérgio Cabral, o vice, Luiz Fernando Pezão, ou o comandante-geral dos bombeiros, coronel Pedro Machado. Mas, por volta das 22h, dezenas de manifestantes começaram a deixar o quartel.
Reajuste
Os protestos de guarda-vidas começaram no mês passado, com greve que durou 17 dias e levou cinco militares à prisão. A paralisação acabou sendo revogada pela Justiça.
Eles voltaram às ruas hoje, com apitaço e fogos de artifício. À tarde, pelo menos três mil protestaram na escadaria da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Um dos líderes do movimento, cabo Benevenuto Daciolo, explicou que eles voltaram às ruas porque até agora não teriam recebido contraproposta do Estado sobre a reivindicação de aumento do piso mínimo para R$ 2 mil. Segundo ele, os guarda-vidas recebem cerca de R$ 950.

(*) Informação “O Dia Online”

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