sexta-feira, 24 de junho de 2011

Brasil pode ter primeiros casos de E.coli

Campinas tem duas suspeitas de contaminação. Profissionais em saúde estão em alerta máximo para evitar transmissão
Campinas, SP – Equipes de enfermagem, médicos e demais profissionais da área de Saúde, tanto da rede pública quanto particular, de Campinas [foto], município a Noroeste da capital de São Paulo, estão em alerta máximo após a divulgação, pela Secretaria de Saúde local, de dois casos suspeitos de contaminação pela bactéria Escherichia coli [E.coli] na cidade, sendo a de um turista campineiro e um professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Ambos apresentaram sintomas após retornarem de viagem à Europa, inclusive à Alemanha, foco do surto de contaminação que infectou mais de 3,3 mil pessoas, se alastrou por mais de 10 países e já provocou cerca de 40 mortes.
Notificação
Através de um comunicado distribuído a toda a rede, a Secretaria de Saúde de Campinas ressaltou a constatação dos casos suspeitos e orientou os profissionais quanto aos riscos de transmissão, como agir ao receber pacientes com
os sintomas e como notificar as autoridades sobre novos casos.
De acordo com as informações da Secretaria campineira, os suspeitos tiveram material coletado para exames, que foi encaminhado para o Instituto Adolfo Lutz [foto], em São Paulo. O resultado, entretanto, não tem previsão para ser divulgado.
Tranquilização
O risco de um possível surto na cidade e região é descartado pela coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Campinas, Brigina Kemp [foto]. “É
um momento de tranquilidade e não precisa que toda a população fique preocupada”, ressalta a especialista buscando não alarmar a população.
De acordo com Kemp, é possível a transmissão entre as pessoas e também por meio dos alimentos contaminados, contudo, ela acrescenta que a preocupação está voltada para quem esteve em viagem pelo continente europeu recentemente, apresente sintomas da infecção e pessoas que convivam com estes suspeitos.
Orientação
Higiene. Esta é a palavra de ordem, não apenas contra a E.coli, mas no dia a dia da comunidade, conforme enfatiza a especialista. Segundo ela, é preciso reforçar a necessidade de medidas básicas de higiene: sempre lavar bem as mãos
quando for mexer com alimentos e após usar o banheiro, bem como ter cuidado especial no manuseio dos alimentos e lavar muito bem frutas e verduras, deixando-as de molho, se for o caso, com uma colher de vinagre ou água sanitária por cerca de cinco a dez minutos, sem se esquecer de enxaguar em seguida.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pede às pessoas que forem para à Europa e, principalmente, à Alemanha, que evitem consumir alimentos crus, como vegetais, nesses países.
Orientação
O tipo raro de E.coli tem a capacidade de furar a parede do intestino, onde libera toxinas. Alguns pacientes necessitam de cuidados intensivos, como diálise.
Os especialistas advertem que esta bactéria é uma mutação comum no organismo humano, todavia, o que está provocando o surto na Europa é uma variação agressiva da E.coli. Daí a importância de que, as pessoas que viajaram para a Europa e apresentem os sintomas da infecção, como diarreia com sangue, dores abdominais, náuseas, vômitos, procurem atendimento médico o mais rápido possível próximo de sua residência.

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