Líder petista, deputado Paulo Teixeira critica disputa interna por cargo e pede unidade aos colegas de partido para apoiar governo
Brasília, Brasil – O líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP) [foto], condenou nesta quinta-feira, 09, asmovimentações paralelas de integrantes de seu partido que se lançaram em negociações ostensivas sobre o nome do provável substituto de Luiz Sérgio (PT/RJ) na Secretaria de Relações Institucionais do governo.
Segundo Teixeira, “é fundamental colocar um ponto final nessa disputa, em nome da unidade da bancada e do governo. Nenhuma movimentação se legitima enquanto ele [Luiz Sérgio] ainda estiver no cargo”, salientou lembrando que, apesar dos rumores de demissão, oficialmente, o ministro continua no governo.
O Palácio do Planalto ainda não confirmou a troca nas Relações Institucionais. Nesta semana, Antonio Palocci deu lugar à senadora Gleisi Hoffmann, nova chefe da Casa Civil.
Bastidores
A crítica de Teixeira mira as articulações encabeçadas pelo líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT/SP) [foto], à sua revelia.Na manhã de hoje, 09, Vaccarezza, acompanhado do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), João Paulo Cunha (PT/SP), e do vice-líder José Guimarães (PT/CE), reuniu-se com lideranças do PMDB – senadores José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL) – e com o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE).
Oficialmente, Vaccarezza alegou que o tema das conversas era o novo rito das medidas provisórias. Nos bastidores, entretanto, a pauta foi a sucessão de Luiz Sérgio.
Animosidade
Teixeira disse que aguardará a definição das mudanças na articulação política, iniciadas com a demissão de Palocci, para iniciar movimentos voltados à pacificação da bancada. “É preciso cessar de vez essa disputa”, observou o parlamentar.
Desde a derrota de Vaccarezza para o gaúcho Marco Maia (PT) na disputa pela presidência da Câmara, o clima de conflagração na bancada federal do PT se agravou.
Indicação
No auge da crise política, o nome de Vaccarezza despontou como favorito para a sucessão de Luiz Sérgio. Mas, para tanto, deve negociar e dar seu apoio ao nome do ex-presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT/SP) ou do deputado Pepe Vargas (PT/RS), ambos ligados ao atual presidente da Casa, Marco Maia, para ocupar a vaga de líder na Câmara.
Por outro lado, é grande a aceitação do PMDB quanto ao nome da atual ministra da Pesca e Aqcultura, Ideli Salvatti (PT/SC), à qual o partido do vice-presidente da República e presidente Nacional do PMDB, Michel Temer, tem grande simpatia.
Conforme fontes do Palácio do Planalto, fato é que, irritada com a disputa desenfreada dentro do seu próprio partido e ante a dificuldade para se chegar a um nome de consenso, a presidenta Dilma Rousseff poderá tomar uma decisão independentemente da posição dos deputados.
Em sendo assim, a cotação está em alta pelo nome da ministra Ideli Salvatti. Mas, se a presidenta apenas mudará a pasta de Salvatti, quem assumirá a vaga dela na Pesca e Aqcultura?
(*) Com informações R7
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