domingo, 19 de junho de 2011

Gaeco prende vereadores e dona de TV no MT

Além da ameaça de reprovação das contas, prefeito e secretários eram ameaçados de instauração de CPI
Cuiabá, Mato Grosso - Policiais da força especial do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) efetuou a prisão de três vereadores acusados em um dos maiores escândalos políticos já acontecidos em Sorriso, no Norte de Mato Grosso. Foram presos em sua residência o vereador Gerson Francio, o “Jaburu”; o ex-presidente da Câmara, vereador Chagas Abrantes, e a vereadora Roseane Marques. Eles são acusados de extorsão cujos valores podem superar a casa de R$ 1 milhão.
Além dos três vereadores, também foi presa a empresária Filomena Maria Alves do Nascimento Abrantes, proprietária de uma televisão local. Ela foi flagrada exigindo o repasse de verba mensal entre R$ 8 mil e R$ 10 mil que seriam direcionados à emissora. O acordo consistia em que os programas de televisão parassem de fazer críticas que desabonassem a imagem política do prefeito.
De acordo com a denúncia do Gaeco, o prefeito Clomir Bedin, o Secretário de Indústria e Comércio, Santinho Augusto Salermo, e o procurador do Município, Zilton Mariano de Almeida, estavam sendo coagidos a pagar propina que variava de R$50 mil a R$ 500 mil sob a ameaça de reprovação das contas do Município de Sorriso referente ao exercício de 2009. Eles eram ameaçados ainda de que a Câmara instauraria uma CPI para apurar possíveis irregularidades na destinação de verbas da Prefeitura para a imprensa.
A quadrilha era liderada pelo então presidente da Câmara dos Vereadores, Francisco das Chagas Abrantes, que direcionava as ações e os votos dos demais integrantes do grupo criminoso. Já o vereador Gerson Frâncio, era responsável pela intermediação nas negociações entre os poderes. O caso foi revelado durante gravações onde Gerson aparece pedindo R$ 100 mil de propina em beneficio próprio. Já a vereadora Roseane exigiu um emprego para o namorado, conserto de seu veículo e pagamento de R$3 mil mensais por tempo indeterminado, a título de “mensalinho”.
Ao se defender, o vereador Jaburu chegou a dizer que levou adiante a negociação porque também pretendia flagrar os adversários e encaminhar o caso à Justiça. O vereador Chagas Abrantes, flagrado nas imagens, garante ser inocente. Diz que as únicas gravações em que aparece tratam do alerta que fez a secretários municipais sobre os problemas na gestão. A vereadora Roseane Marques, não se manifestou publicamente sobre o assunto.

(*) Com informação Correio do Estado e 24 Horas News

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