quinta-feira, 23 de junho de 2011

“LulzSecBrazil” diz buscar informações de governo e licitações

Atuação é responsável por ataques aos servidores da CIA, FBI e serviço público de saúde britânico, assim como ao da Sony e das TVs Fox e PBS


Brasília, Brasil – Grupo de hackers, braço brasileiro do grupo coletivo internacional Lulz Security, responsável pelos recentes ataques a sites governamentais, divulgou, agora à noite, em postagem no micro blog Twitter, que está trabalhando para obter dados do governo do Ceará, da "máfia das licitações" e "processo seletivo".
"Quem estiver abordo de nossa tripulação de um RT que vem fogo.. aquivos do governo do CE e a mafia das licitacoes e processo seletivo!"(sic), diz a publicação do LulzSecBrazil.
Também agora à noite, o grupo divulgou um vídeo no qual diz que o governo tem tentado controlar a internet, e informa que os grupos hackers Anonymous e LulzSecBrazil se uniram na operação #AntiSec. "Nós encorajamos os ataques aos sites inimigos e encorajamos o uso do termo Antisec em qualquer site ou grupo que apóie a censura.
Qualquer informação escondida de nós deve ser trazida à luz", diz trecho do vídeo.
Mais cedo, nesta tarde de quinta-feira, 23, o grupo dizia já ter copiado dados protegidos no site do Ministério do Esporte, mostrando supostas diferenças entre contribuições e recebimentos de dinheiro do governo federal em Estados que sediarão jogos da Copa do Mundo, em 2014, bem como informações e dados pessoais, como endereços de e-mail, telefones, filiação e signo, tanto da presidente Dilma Rousseff quanto do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
Ainda na tarde desta quinta-feira, as páginas da Presidência da República, Senado e do Ministério dos Esportes sofreram ataques e ficaram fora do ar no segundo dia seguido de ações de hackers contra páginas governamentais brasileiras.
A página do Ministério dos Esportes ficou fora do ar boa parte do dia, e por volta das 18h, uma mensagem informava que o site estava em manutenção. Mais cedo, uma assessora desse Ministério informou que, após uma primeira avaliação, a invasão foi considerada periférica, "sem afetar dados e o coração do sistema, sem maiores consequências". Mesmo assim, o Ministério optou por retirar do site do ar.
Os ataques também foram realizados contra a página do Senado, que ficou instável no decorrer da tarde de hoje. No final do dia, o site já funcionava normalmente. A assessoria de imprensa da Casa informou que não foram registrados danos maiores do que o número de acessos elevados.
Ontem, 22, o mesmo grupo reivindicou a autoria de um ataque ao site da Petrobras, que ficou fora do ar por quase quatro horas, depois ter frustrada a tentativa de invasão, nos primeiros minutos da madrugada, aos sites da Presidência da República, Receita Federal e Portal Brasil.
De acordo com o porta-voz do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), que hospeda o site da Presidência, as ações foram planejadas para provocar um alto tráfego, não para roubar dados. "É um ataque que gera um tráfego alto de acesso para deixar o site indisponível. Não foi para roubar dados", garantiu.
De forma mais explicativa, esses ataques simulam um grande número de acessos simultâneos e fazem com que os servidores fiquem sobrecarregados, deixando de funcionar, procedimento é conhecido como DDOS [sigla em inglês], ataque distribuído de negação de serviço, que usa robôs para sobrecarregar um sistema e não invadi-lo.
Conforme alerta distribuído pelas autoridades que investigam a atuação do grupo de hackers, o LulzSecBrazil é o braço brasileiro do grupo coletivo internacional Lulz Security, que vem ganhando notoriedade por ataques recentes aos servidores da CIA (agência de inteligência americana), do FBI (polícia federal americana), do serviço público de saúde britânico, o NHS, da empresa Sony e das TV americanas Fox e PBS.

(*) Com informação BBC, Terra e AE

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