sexta-feira, 10 de junho de 2011

Ministro nega saída das Relações Institucionais

Luiz Sérgio enfatiza que aguarda encontro com a presidenta Dilma para decidir seu futuro
Rio de Janeiro, Brasil – Principal interessado, alvo de inúmeras críticas – mesmo antes da queda de Antônio Palocci, da Casa Civil, na última terça-feira, 07 – e foco de todas as articulações nos bastidores do Congresso, em Brasília, nos últimos dias, o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio (PT/RJ), negava de forma veemente que havia pedido demissão de seu cargo até o início da noite desta quinta-feira, 09.
Após passar toda esta quinta-feira sem falar sobre o assunto, ele acabou quebrando o silêncio e, fechado em seu gabinete no Centro do Rio, cercado por aliados e dirigentes locais do PT, o ainda ministro afirmou que não tomaria nenhuma iniciativa até se encontrar com a presidenta Dilma Rousseff – o que deve ocorrer hoje.
Aborrecimento
Seus assessores também negaram que Luiz Sérgio e Dilma tivessem se encontrado na ontem, 08. Ainda segundo os assessores do ministro, ele ficou bastante irritado quando começaram a sair as primeiras notícias sobre sua saída do governo. O ministro também teria confirmado o incômodo com colegas do partido que já estariam negociando seu cargo antes mesmo de sua saída ter sido oficializada.
O parlamentar carioca teria enfatizado que os ataques contra ele viriam, principalmente, dos deputados petistas Arlindo Chinaglia, Paulo Teixeira e Henrique Fontana. O senador Lindberg Farias, também do PT do Rio, é outro que aliados do ministro apontam como um de seus detratores.
Contraponto
O clima no gabinete de Luiz Sérgio era de fim de festa. Embora todos negassem que ele fosse pedir demissão, era senso comum de que sua permanência na pasta estava chegando ao fim. O importante era manter a posição de que não partiria dele a iniciativa de sair.
Na prática, a postura é um recado aos negociadores de sua vaga, principalmente o deputado Candido Vaccarezza, líder do governo na Câmara. Em outras palavras pode-se entender que, se quiserem ocupar a Secretaria de Relações Institucionais terão que demiti-lo e não esperar que ele peça para sair.
Retorno
Com a saída do Ministério, Luiz Sérgio deve reassumir seu mandato de deputado federal na Câmara e a Presidência do PT no Estado do Rio. Em fevereiro, seguindo a orientação da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, o ministro se afastou do cargo na direção da legenda. A licença expira em julho e, provavelmente, não precisará ser renovada.
Trabalho
O ministro passou o dia no Rio, onde cumpriu agenda. De manhã, ele declarou estar “confiante” numa solução para as disputas internas entre diversas alas do PT interessadas em seu cargo. “Questões como essa se resolvem com conversa. É com diálogo que se chega a um bom resultado, estou confiante nisso”, declarou o ministro.

(*) Com informações AE

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