sexta-feira, 17 de junho de 2011

Operação prende servidora do Incra e líder dos Sem-Terra

José Rainha, uma funcionária do Incra e outras sete pessoas foram presas na operação “Desfalque”
Presidente Prudente, SP – O líder dos Sem-Terra, José Rainha Jr., foi preso ontem, 16, pela Polícia Federal (PF), em Presidente Prudente, município do Oeste de São Paulo [em vermelho no mapa], sob suspeita de integrar quadrilha envolvida em desvios, extorsão, estelionato e extração ilegal de madeira. A prisão é temporária. A operação, denominada “Desfalque”, prendeu mais oito pessoas. Ainda foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão. A investigação corre em segredo de Justiça.
A reportagem apurou que entre os presos estão o irmão e advogado de José Rainha, Roberto Rainha, e uma funcionária do Incra em São Paulo.
José Rainha [foto] tem passagens pela prisão por furto,
formação de quadrilha, coautoria em dois homicídios, porte ilegal de arma, entre outros crimes.
Segundo a PF, o grupo preso é suspeito de usar associações civis para desviar verbas para manutenção de assentamentos. Em um dos casos, o líder e outras oito pessoas são suspeitas de desviar R$ 212 mil enviados pelo Incra à Associação de Amigos de Teodoro Sampaio. Ao todo, a polícia apura repasses a associações do Pontal do Paranapanema (SP) que somam R$ 5 milhões.
A reportagem não localizou os advogados de José Rainha. A advogada de Roberto Rainha, Jeane Ambrósio, disse que irá definir a estratégia de defesa nesta sexta-feira, 17, depois de ter acesso à investigação.
Sob Investigação
A Federação das Associações dos Assentados e Agricultores Familiares do Oeste Paulista (Faafop) e a Associação Amigos de Teodoro Sampaio, ligadas a José Rainha Jr. são investigadas também por desvio de recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Entre 2007 e 2009, as entidades receberam R$ 10 milhões através de convênio com o MDA para um programa de construção de moradias nos assentamentos, mas o Ministério Público Federal (MPF) encontrou irregularidades na prestação de contas da primeira parcela, de R$ 3,5 milhões. Notas frias teriam sido usadas para justificar as despesas.
Convênios do Incra/São Paulo com outras entidades ligadas aos Sem-Terra também estão sob investigação.
A Procuradoria da República em Ourinhos abriu inquérito para apurar a venda irregular de 400 mil metros cúbicos de madeira do Horto de Iaras. O MPF apura desvio semelhante no Horto Aimorés, em Pederneiras, região de Bauru.

(*) Com informação JCnet

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