quinta-feira, 16 de junho de 2011

Partidos assinam acordo para coalizão em Portugal

Governo terá de implementar reformas estruturais e medidas de austeridade previstas no pacote de 78 bilhões de euros assinado com UE e FMI
Lisboa, Portugal – O Partido Social Democrata (PSD) e o Centro Democrático Social (CDS) assinaram hoje, 16, um acordo para formar o próximo governo de coalizão em Portugal. As duas siglas se comprometeram a restaurar a confiança dos mercados financeiros e formar um governo estável nos próximos quatro anos.
"Hoje, nós começamos um novo ciclo", afirmou o primeiro-ministro designado e líder do PSD, Pedro Passos Coelho, após firmar o pacto com Paulo Portas, líder do conservador CDS, um partido de menor tamanho. Passos Coelho disse que o novo governo representará "uma maioria para Portugal, um governo estável para os próximos quatro anos".
Segundo o novo primeiro-ministro, a meta é restaurar a confiança não apenas para Portugal, mas também para os mercados financeiros. Ele lembrou que isso é fundamental, pois Portugal terá de retornar aos mercados em até dois anos para cobrir suas necessidades de financiamento.
Passos Coelho não deu mais detalhes sobre o programa de governo, dizendo que ele será anunciado quando o governo se formar. O político, de 46 anos, foi designado primeiro-ministro ontem, 15, após garantir o maior número de votos na última eleição geral portuguesa. Deve agora entregar nos próximos dias ao presidente Aníbal Cavaco Silva uma lista de ministros que formarão seu gabinete.
O PSD obteve 38,6% dos votos nas eleições de cinco de junho, porém não conseguiu uma maioria para governar sozinho. Escolheu se aliar ao CDS, para criar uma maioria estável a fim de aprovar novas leis no Parlamento. Juntas, as duas siglas têm 129 dos 230 votos no Legislativo.
O governo de Passos Coelho terá de implementar reformas estruturais e medidas de austeridade previstas no pacote de 78 bilhões de euros assinado entre os três principais partidos de Portugal com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). O acordo prevê reformas abrangentes no mercado trabalhista, nas regulações dos setores de energia e telecomunicações, bem como privatizações, para melhorar uma economia que analistas consideram excessivamente rígida e pouco competitiva.

(*) Com informação Dow Jones, AE, Lusa e TVI24

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