sexta-feira, 24 de junho de 2011

PF investiga ação de hackers em completo sigilo

LulzSecBrazil divulgou arquivo de computadores da Petrobras com dados pessoais de funcionários
Brasília, Brasil – A Polícia Federal (PF) do Brasil tem muito trabalho pela frente, investigar a série de ataques de hackers aos sites do governo nos últimos dias. Após o ataque aos portais da Presidência, do Senado, da Receita Federal e da Petrobras, os hackers invadiram o do Ministério da dos Esportes, derrubaram, na madrugada desta sexta-feira, 24, a página na internet do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que segue fora do ar, e já pela manhã, o do Ministério da Cultura (MinC).
Segredo
As investigações que estão sendo realizadas, correm sob o mais estrito sigilo, até mesmo em função da existência de linhas a serem seguidas, como ocorreu na invasão ao portal do MinC. Em função disso, a PF não deu detalhes sobre suspeitos, prazos ou se adotará alguma estratégia específica para descobrir os autores do maior ataque virtual a portais
do governo já registrado no país.
Além de tais descobertas, caberá à PF apurar até onde os ataques são de responsabilidade apenas do denominado “LulzSecBrazil”, que estaria contando com o apoio da AnonBrazil, outro grupo de hackers que, no Brasil, é o braço do grupo internacional Anymous, e onde entra o recente autointitulado grupo nacionalista Firehacker, responsável por tirar o portal do IBGE na madrugada desta sexta-feira, 24.
Segurança
Ao contrário do que afirma o grupo hacker “LulzSecBrazil”, o qual reivindica a autoria dos ataques, de que teria obtido dados de funcionários do governo e da Petrobras, a Assessoria de Imprensa da Presidência da República, respaldada pelo Serpro (Serviço de Processamento de Dados), que hospeda as páginas do governo federal, garante que nenhuma informação foi roubada pelo grupo.
O Ministério do Esporte também desmentiu que o arquivo com logins e senhas divulgado pelo LulzSecBrazil tenha origem em seu portal. O órgão reconheceu uma "invasão periférica" à sua base de dados, mas disse que nenhuma informação foi vazada.
Constatação
Na manhã desta sexta-feira, 24, o LulzSecBrazil divulgou um arquivo que teria sido retirado de computadores da Petrobras com dados pessoais de funcionários da empresa.
Conforme divulgado pela Folha, com base nas informações postadas pelos hackers, entrou em contato com um destes funcionários e confirmou a veracidade das informações, que incluia número de CPF, função exercida na Petrobrás e dados bancários.
A empresa foi procurada pela reportagem da Folha mas não se manifestou sobre o assunto.
Indícios
Ontem o grupo já havia postado no micro blog Twitter um link para um arquivo com supostos dados pessoais da presidente Dilma Rousseff e do prefeito de São Paulo,
Gilberto Kassab.
Conforme evidenciado pela Folha, muitas dessas informações são públicas e constam, por exemplo, da prestação de contas dos mandatários durante as campanhas eleitorais.
As informações relativas à presidente Dilma a vinculam à Petrobras, o que poderia sugerir que as informações foram coletadas quando ela fazia parte do Conselho de Administração da empresa, do qual saiu no início do ano passado, antes do lançamento de sua campanha à Presidência.
Ataques
Os ataques aos sites do governo brasileiro começaram nos primeiros minutos da última quarta-feira, 22, que acabaram saindo do ar em função da sobrecarga causada no sistema. A invasão foi assumida pelo LulzSecBrazil, braço brasileiro de um grupo internacional da hackers. Foram alvo os sites da Presidência da República, do governo federal, da Previdência, da Petrobras e da Receita Federal. Ontem, quinta-feira, 23, as páginas da Presidência da República, do Senado e do Ministério dos Esportes sofreram com a ação dos hackers. Na madrugada desta sexta-feira, 24, o alvo foi o portal do IBGE e, pela manhã, do Ministério da Cultura.
Os hackers utilizam o chamado DDoS (sigla em inglês para Distributed Denial-of-Service), que em português significa ataque distribuído de negação de serviço. Este procedimento usa robôs (máquinas) em várias partes do mundo para sobrecarregar um sistema. O objetivo dessas ações não é invadir o sistema, mas sim tirar o portal do ar.

(*) Com informação Folha.com, Terra, Reuters e BBC

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