terça-feira, 12 de julho de 2011

13 de julho – Dia do Rock




Por
Rodrigo Lee (*)


Esse jovem senhor de mais de 50 anos sempre arrebatou milhares de pessoas que estavam a fim de extravasar sentimentos que muitas vezes eram tolhidos por tradições familiares e decoros excessivos.
No inicio da década de 50 a América se recuperava do período pós-guerra e o poder aquisitivo da população dava um sinal de melhoria, surgindo uma geração ligada ao consumo não exatamente de primeira necessidade. As pessoas se ligavam na música de artistas românticos como Dean Martin e grandes orquestras como a de Glenn Miller. Porem, os filhos dessa geração necessitavam de algo para se rebelar, revoltar ou simplesmente ir contra a maré. Não que isso fosse necessário, mas, entraríamos em uma questão sócio-comportamental com a qual já nos habituamos, que é o fato de os filhos quererem ir em direção contrária aos costumes dos pais...
Bom, desde o início o Rock n’Roll foi um ritmo contagiante que traduzia frenesi, excitação e liberdade. E com o passar do tempo não envelheceu. Pelo contrário, se renovou, modernizou, seguiu e criou tendências na moda e nos costumes das pessoas.
Quando começou nos Estados Unidos, com Chuck Berry, Little Richard, Jerry Lee Lewis, Buddy Holly, Carl Perkins,
Bo Diddley e Elvis Presley [foto], o rock sofreu influências diretas do rhytm’n’blues e country-music. E ainda agregou outras como o folk, o jazz, o gospel e o pop tradicional.
O Rock n’Roll já nasceu polêmico, pois uma das características muito fortes no comportamento do americano era o racismo; e o estilo musical que acabara de surgir parecia ter o poder de unir os negros e os brancos em um mesmo ambiente.
Logo o novo estilo musical chegou ao Reino Unido e, influenciados por Little Richard e Elvis Presley, foram surgindo músicos que, aos poucos iam, montando suas próprias bandas. Daí surgiram nomes que, consequentemente, influenciariam centenas de músicos nas décadas seguintes: Rolling Stones, Beatles, The Who, The Kinks, Animals, etc. Já nos anos 70 e 80, surgiram várias vertentes para o Rock n’Roll. Só para citar algumas e seus principais nomes: Punk Rock: Sex Pistols, The Clash e Ramones; Pós-Punk: Joy Division, The Smiths e The Cure; Heavy Metal: Deep Purple, Led Zeppelin e Black Sabbath; Progressivo: Genesis, Pink Floyd e Yes; Hard Rock: Van Halen, Whitesnake e Motley Crue. Nos anos 90 e 00 vieram novas variações: Grunge: Nirvana, Pearl Jam e Alice in Chains; Brit-Pop: Stone Roses, Blur e Oasis; New Metal: Korn, System of A Down e Slipknot.
O Rock n’Roll está o tempo todo se renovando e mantendo sua energia, ao ponto que outros estilos musicais foram se perdendo pelo caminho. Long Live Rock n’Roll!!!

Discografia básica:
Exile On Main Street – Rolling Stones
Revolver – The Beatles
London Calling – The Clash
Rocket to Russia - Ramones
Machine Head – Deep Purple
Van Halen – Van Halen
Powerslave – Iron Maiden
Nevermind – Nirvana

Livros:
Heavy Metal – Ian Christe
Almanaque do Rock – Kid Vinil
Brock - O Rock Brasileiro dos Anos 80 – Arthur Dapieve
Dias de Luta - O Rock e o Brasil dos Anos 80 – Ricardo Alexandre

(*) Músico poços-caldense [município do Sul de Minas Gerais] e admirador de todas as vertentes do Rock n’ Roll.

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