sexta-feira, 8 de julho de 2011

Monsenhores e padre são julgados por abusar de coroinhas

Padre admite ser homossexual e participar de orgias com jovens na catedral da cidade, pagando os programas com o dízimo dos fieis
Maceió, AL – Acusados de abusar sexualmente de coroinhas durante 15 anos, os monsenhores Luiz Marques e Raimundo Gomes e o padre Edilson Duarte sentam hoje, 08, no banco dos réus da cidade de Arapiraca, no agreste alagoano. O caso dos religiosos chocou o País em 2010, quando o SBT exibiu vídeos mostrando as relações sexuais dos religiosos com os adolescentes. A repercussão foi tanta que, em março do ano passado, o Vaticano reconheceu os casos de exploração sexual.
Na Justiça alagoana, o destino dos três está nas mãos do juiz João Azevedo Lessa. "São muitas testemunhas, muitos acusados, muitas vítimas e, se não for possível terminar nesta data, continuaremos em outra", disse o magistrado.
O Ministério Público (MP) ofereceu denúncia na 8ª Vara Criminal de Arapiraca contra os religiosos por exploração sexual dos coroinhas quando as vítimas eram adolescentes. Na denúncia, o MP diz que "aproveitando-se da qualidade de sacerdote, os denunciados aproximaram-se das vítimas, coroinhas à época, que tinham entre 12 e 17 anos, com o intuito de satisfazer seus desejos sexuais. Para conseguir o intento, constrangiam os jovens utilizando-se da confiança que desfrutavam, ofereciam vantagens econômicas e, ainda, intimidavam aqueles para que não revelassem os encontros sexuais ocorridos com frequência".
O defensor Edson Lucena, advogado dos monsenhores e do padre, afirma que "a linha da defesa não mudou" e continua com a negativa da autoria do crime. "Os nossos clientes não cometeram abuso sexual algum", disse. Já para o promotor Alberto Tenório, que pede a condenação dos réus, há provas, "testemunhas que trabalhavam na época na casa paroquial e o padre Edilson é réu confesso".
Orgias na catedral
Conforme o MP, os casos de abuso sexual contra os três coroinhas duraram pelo menos 15 anos. Alguns encontros, conforme as investigações, aconteciam em uma casa de veraneio na Barra de São Miguel (litoral Sul do Estado). A apuração do caso foi conduzida pela delegada Maria Angelita de Lucena e Melo e Souza. Ela ouviu mais de 40 pessoas, durante dois meses, em 2010.
Além disso, membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia do Senado estiveram em Arapiraca, em 2010, para colher depoimentos. Em um deles, o padre Edilson confessou ser homossexual e participar de orgias com jovens na catedral da cidade, pagando os programas com o dízimo recolhido pelos fieis e citando a participação de outros membros da Igreja em festas reservadas.

(*) Com informação Terra

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