terça-feira, 12 de julho de 2011

Quatro são presos por escutas ilegais no Rio

A quadrilha investigava supostas infidelidades; sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos
Rio de Janeiro, RJ – Uma operação da Polícia Civil prendeu quatro pessoas na manhã de hoje, 11, em três bairros do Rio de Janeiro. De acordo com os agentes, os detidos foram encontrados em Copacabana, Centro e Nilópolis.
A quadrilha fazia escutas ilegais para investigar supostas infidelidades. Além das prisões, a polícia também cumpriu sete mandados de busca e apreensão.
Gravadores, celulares, mídias, relógios e canetas com câmeras escondidas foram apreendidos. Todo o material apreendido foi encaminhado para a Corregedoria da Polícia Civil [fotos].
Políticos e esportistas eram clientes
Preso por agentes da Corregedoria Interna da Polícia Civil, em Copacabana, zona Sul do Rio de Janeiro, o policial civil José Maurício Bellini de Andrade, 39 anos, afirmou ter muitos clientes e que "pessoas importantes" como deputados e esportistas fariam parte de sua lista. "Tenho muitos clientes, muita gente importante. Empresários, gente normal, esportistas, políticos, todos os que têm problemas com adultério", disse.
De acordo com os policiais, José Maurício é policial civil há 14 anos e era lotado na 13ª DP. Sua agência de detetives ficava na Avenida Nossa Senhora de Copacabana e operava há cerca de cinco anos. De acordo com as investigações, ele contratava um técnico de telefonia que agia com um carro da Oi e era o responsável pelos grampos. O preço pago pelos clientes era de R$ 2 mil por 15 dias de escutas telefônicas.
Ele negou trabalhar de forma ilegal e disse que é inocente. "Eu sou inocente e estou sendo preso injustamente. Eu desenvolvo um trabalho de investigação particular, em paralelo à polícia nas horas vagas e não sei o motivo de estar sendo envolvido nisso", disse, na delegacia.
Mesmo alegando que é vítima de injustiça, o policial admitiu fazer escutas telefônicas. "Fazemos gravações telefônicas da seguinte maneira: se você tem sua casa e o telefone está no seu nome, você diz que quer monitorar o que seu filho fala no telefone ou o que a empregada fala que eu instalo um aparelho diretamente no computador da pessoa. Agora fazer desvios para terceiros, isso não", afirmou.
Envolvimentos
Na mesma operação, os outros três homens que foram presos não tiveram suas identidades divulgadas, mas, segundo a polícia, eles fariam parte da quadrilha e ofereceriam os serviços de detetive em sites. A empresa era contratada por cônjuges que suspeitavam de traição e companhias que pretendiam descobrir segredos da concorrência.
O policial José Maurício foi localizado após três meses de investigação. Em seu apartamento, os policiais apreenderam CDs, DVDs, um computador, documentos e R$ 8 mil, além de duas motocicletas – uma Suzuki V-Strom DL650 0 Km e uma Suzuki Burgman i, ambas sem placa.
No momento da prisão, José Maurício tentou se livrar de algumas provas que o incriminariam jogando quatro telefones celulares pela janela. Os aparelhos caíram no em um prédio em frente e foram apreendidos. Todos os presos e o material recolhido foram levados para a sede da Corregedoria.

(*) Com informação eBand, O Dia Online e Terra

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