quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Bilionário americano pede aumento de impostos dos mais ricos como ele

Buffet diz que impostos pagos por ele no ano passado representaram 17,4% de seus vencimentos, já das 20 pessoas que trabalham em seu escritório oscilou entre 33 e 41%.
Nova Iorque, EUA – O bilionário investidor Warren Buffett pediu, na última segunda-feira, 15, aos congressistas americanos o aumento dos impostos para as pessoas mais ricas, com o objetivo de reduzir o enorme déficit orçamentário do país, afirmando que a medida não afetará os investimentos nem os empregos.
Em um artigo publicado no jornal New York Times, o diretor do fundo de investimentos, Berkshire Hathaway, propõe um aumento dos tributos para os americanos com renda superior a um milhão de dólares por ano e uma alta ainda mais importante para os que recebem mais de US$ 10 milhões por ano.
"Nossos líderes pediram 'um sacrifício compartilhado'. Mas quando fizeram este pedido me excluíram. Perguntei a meus amigos mega-ricos quais sacrifícios esperavam que fossem impostos a eles. Eles também não foram afetados", escreve o bilionário.
"Enquanto os pobres e a classe média combatem por nós no Afeganistão e enquanto muitos americanos lutam para chegar ao fim do mês, nós, os mega-ricos, continuamos nos beneficiando com isenções fiscais extraordinárias", acrescenta.
Buffet explica que os impostos que pagou ao Estado federal representaram 17,4% de seus vencimentos no ano passado, enquanto o das 20 pessoas que trabalham em seu escritório oscilou entre 33 e 41%.
A taxa de impostos dos ricos era muito mais elevada nos anos 1980 e 1990 e, entanto, foram criados quase 40 milhões de empregos entre 1980 e 2000, recorda Buffett.
"Vocês sabem o que aconteceu depois: impostos mais baixos e muito menos empregos criados. [...] As pessoas investem para ganhar dinheiro e uma potencial taxação jamais as fez fugir", completou.
O Congresso americano alcançou um acordo de última hora, no último dia 2, sobre o aumento do teto da dívida federal, quando o país ficou à beira do “default” e depois de semanas de negociações entre republicanos e democratas. O texto prevê cortes orçamentários, mas não aumentos de impostos.

(*) Com informação AFP e JB

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