terça-feira, 16 de agosto de 2011

Disque-Denúncia recebe 96 ligações sobre execução de juíza

Detentos de presídio seriam mandantes de assassinato de magistrada em Niterói
Rio de Janeiro, RJ – O Disque-Denúncia já recebeu 96 ligações com informações sobre a morte da juíza Patrícia Acioli [foto], assassinada na última quinta-feira, 11, na região Oceânica de Niterói. De acordo com o serviço, todas as informações recebidas estão sendo encaminhadas para a Delegacia de Homicídios, responsável pelo caso. Quem tiver alguma informação a respeito dos autores do assassinato, pode ligar para o telefone (21) 2253-1177. O anonimato é garantido.
Uma das informações recebidas pelo serviço é de que detentos do Presídio Ary Franco, em Água Santa, zona
Norte, seriam os mandantes da execução da juíza Patrícia Acioli. Presos ligados à exploração de máquinas de caça-níqueis na região metropolitana teriam tramado um plano para acabar com a vida da magistrada. Estas informações foram recebidas ontem, 15, pelo Dique-Denúncia, mas a instituição prefere não comentar detalhes.
"Nós preferimos não comentar este tipo de informação para não prejudicar as investigações", afirmou o coordenador do Disque-Denúncia, Zeca Borges.
Força-tarefa
Uma força-tarefa, com três juízes e cinco promotores, começa a ocupar, hoje, 16, a vaga da juíza titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, Patrícia Acioli. O juiz Fabio Uchoa Pinto de Miranda Montenegro será auxiliado por Alexandre Oliveira Camacho de França e Claudia Marcia Vidal. A meta é agilizar processos de crimes de milícias, grupos de extermínio e máfias das vans e dos combustíveis. A pedido do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal vai investigar a morte de Patrícia.
O presidente do Tribunal de Justiça (TJ), desembargador Manoel Alberto Rebêlo, garantiu que todos os magistrados da força-tarefa terão proteção. “Três juízes diluem a responsabilidade e darão resposta rápida à sociedade”, afirmou Rebêlo.
O reforço na segurança inclui o aluguel de cinco carros blindados, além dos seis existentes, e pedido de redução de impostos para a compra de mais veículos com blindagem. Por questões de segurança, eles poderão pedir a transferência dos julgamentos para os fóruns do Rio e Niterói.
Morte comemorada em churrasco
O assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli, teria sido comemorado com um churrasco com a presença de policiais, no último final de semana, em São Gonçalo. A
afirmação foi feita por Humberto Nascimento, primo da magistrada, durante protesto [foto] realizado, ontem, 15, por amigos e parentes da vítima em frente à 4ª Vara Criminal de São Gonçalo.
Humberto ainda criticou a postura do Governo do Estado, que descartou a colaboração do Polícia Federal (PF) no caso. "Isso é uma decisão do governador, não podemos fazer nada a respeito. Queríamos a presença da PF pelo menos como observadora. Qualquer ajuda é bem-vinda. Se o governador decidiu assim, ele terá que dar uma resposta rápida", afirmou.
Cerca de 50 pessoas se amordaçaram em frente à 4ª Vara Criminal com panos pretos e jogaram rosas com uma faixa com os dizeres: "Quem silenciou a voz da Justiça?". Uma cruz que foi retirada no último domingo da Praia de Icaraí, na zona Sul de Niterói, vai ser recolocada no mesmo lugar a pedido da população do município, que cobra uma solução para o caso.

(*) Com informação O Dia Online, Terra

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