sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

JM pede prisão de líderes grevistas e CB manda prender guarda-vidas

Comandante de Grupamento Marítimo foi exonerado do cargo. Paralisação começou na noite de quinta-feira durante manifesto no centro do Rio
A Justiça Militar (JM) expediu nesta sexta-feira, 10, mandados de prisão contra os principais líderes da greve no Rio de Janeiro. Os nomes dos militares não foram divulgados. O anúncio da paralisação de bombeiros e policiais civis e militares foi feito na noite de ontem, 09, durante uma manifestação no Centro da capital fluminense.
Mesmo com a decretação da greve, o porta-voz da Polícia Militar (PM), coronel Frederico Caldas, informou que os serviços da corporação estão mantidos e os comandantes estão presentes em todas as unidades. Segundo ele, está descartada a necessidade de reforço por parte das Forças Armadas.
“Montamos um gabinete de gestão e todas as viaturas estão sendo monitoradas. Estamos com um reforço do Bope e do Batalhão de Choque para dar uma sensação de segurança maior”, informou o coronel, que garantiu que a greve não teve adesão em nenhuma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
Os grevistas reivindicam piso salarial de R$ 3.500, além de benefícios como vale-transporte e tíquete-refeição, e a liberdade do cabo Benevenuto Daciolo, preso na noite da última quarta-feira, 08, acusado de crime militar.
Ontem, 09, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio aprovou aumento de 39% nos salários das polícias Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros e de agentes penitenciários até fevereiro de 2013, mas o texto final pode sofrer alterações.
Corpo de Bombeiros
O Corpo de Bombeiros (CB) do Rio de Janeiro informou na tarde de hoje, 10, que 123 guarda-vidas foram indiciados por falta ao serviço em razão da greve da corporação. Todos
serão presos administrativamente. O comandante do 2º Grupamento Marítimo (GMar) da Barra da Tijuca, na zona Oeste da capital, tenente-coronel Ronaldo Barros, foi exonerado do cargo.
O comando-geral da corporação abriu Conselho de Disciplina para avaliar a conduta do cabo BM Benevenuto Daciolo, que já está preso na penitenciária Bangu 1, na zona Oeste da capital, além de 15 guarda-vidas representantes do movimento de greve.
Também serão avaliadas as posturas do capitão Alexandre Marchesini e do major Márcio Garcia. O procedimento definirá as punições cabíveis aos envolvidos, podendo chegar à exclusão definitiva do CB.

(*) Com informação AB, AE, O Dia e iG

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