segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Jovens gays são alvo de campanha de prevenção

Segundo o Ministério da Saúde, os casos de Aids entre homens homossexuais cresceu 10,1%, de 1998 a 2010
Brasil, América do Sul – O aumento no número de casos de Aids entre jovens gays com idade entre 15 e 24 anos fez o Ministério da Saúde focar sua campanha de prevenção à doença no Carnaval nesta faixa etária, segundo o ministro Alexandre Padilha.
A campanha deste ano terá como tema “Na empolgação rola tudo. Só não rola sem
camisinha. Tenha sempre a sua”
, que começou a ser veiculada na mídia nacional em fevereiro.
“Escolhemos o público da campanha de acordo com a maior vulnerabilidade à infecção pelo HIV, sífilis, hepatites virais, doenças que podem ser transmitidas pelo sexo inseguro”, destaca Padilha.
“Há uma necessidade também de reforçar a campanha junto ao público jovem que está usando menos camisinha, segundo nossas pesquisas. O Carnaval tem muitas relações eventuais e casuais. O público jovem em geral também é um foco”, acrescenta o ministro da Saúde. De acordo com dados do ministério, entre 1998 e 2010 a incidência de casos de Aids entre homens homossexuais cresceu 10,1%.
Homofobia, Detecção e Prevenção
Uma das novidades da campanha de prevenção à Aids na folia deste ano será um produto específico ao grupo de travestis. Pela primeira vez, o ministério vai produzir um material de campanha específico para esse grupo. “Vamos aproveitar a campanha para reforçar a luta contra o preconceito”, declara o ministro Padilha.
O Ministério da Saúde vai realizar nos maiores Carnavais do país exames instantâneos de
HIV. Estarão disponíveis cerca de 3,5 milhões de testes rápidos que detectam em apenas alguns minutos se o folião tem o vírus. “Temos cerca de 250 mil pessoas com Aids que não sabem que são portadoras da doença”, alerta o ministro, acrescentando que o teste terá duração de 15 a 20 minutos.
O governo federal pretende distribuir, no Carnaval de 2012, 70 milhões de preservativos em todo o Brasil. No ano passado, foram 80 milhões de camisinhas distribuídas.
Padilha ressaltou que o estoque das cidades e estados era menor do que neste ano. “Estamos enviando para os estados 70 milhões de camisinhas para completar o estoque de cidades e estados, que é de 140 milhões. São mais de 200 milhões de camisinhas que podem ser distribuídas no Carnaval”, conta.
A vulnerabilidade ao vírus é consequência da desinformação e não da orientação sexual. O uso da camisinha é indispensável para evitar a Aids e muitas outras doenças sexualmente transmissíveis, não só entre homossexuais, mas também entre casais heterossexuais.

(*) Com informação Diário de S.Paulo

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