terça-feira, 30 de outubro de 2012

O descontrole da violência em São Paulo

Número de homicídios na metrópole aumentou 96% em relação a outubro de 2011

O número de homicídios na Grande São Paulo aumentou 96% em comparação a outubro do ano passado. Desde a última sexta-feira, 26, foram 42 pessoas assassinadas, sendo 12 somente na madrugada de ontem, segunda-feira, 29. A média de homicídios na cidade, no mês passado (setembro), foi de 4,5 casos por dia.
Os crimes acontecem da mesma forma: homens de moto ou carro passam, atiram indiscriminadamente contra suspeitos de usar ou traficar drogas e fogem. Os policiais também são alvo. Este ano, 86 foram assassinados na cidade, sendo que a maioria estava de folga no momento do crime.
Ontem, 29, pela primeira vez, o governo do Estado admitiu que bandidos da favela de Paraisópolis, segunda maior da cidade, ordenaram a execução indiscriminada de policiais. A Polícia Militar (PM) iniciou uma operação na favela, que foi ocupada por 600 homens da Tropa de Choque. O objetivo da operação é combater a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) . Do ponto de vista criminal, Paraisópolis se tornou uma espécie de esconderijo de traficantes da facção e ladrões que agem no Morumbi. A ação da polícia em Paraisópolis não tem prazo para terminar.
Segundo especialistas, a guerra não declarada entre a PM e membros do PCC é a principal causa dos homicídios. Recentemente, a PM informou que a ordem da facção criminosa é matar um policial para cada integrante do PCC preso e dois a cada bandido morto.
Antonio Ferreira Pinto, secretário estadual de Segurança, negou que exista uma guerra e considerou a analogia um exagero. “Nós combatemos a violência com todo o aparato do Estado, mas não existe guerra alguma. Isso aí é um exagero, alçar essa condição de violência a caracteres, nuances de guerra. Não existe nada disso”, disse o secretário.

(*) Com informação Opinião e Notícias

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