terça-feira, 19 de agosto de 2014

FLAPS PODEM EXPLICAR QUEDA DO AVIÃO DE CAMPOS

Na aterrissagem, é preciso "baixar os flaps", que ajudam na sustentação e frenagem do avião no solo, mas não podem ser abertos em altas velocidades
As primeiras análises dos restos das peças do Cessna Citation que caiu no último dia 13, na baixada santista, matando o ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, e mais seis pessoas apontaram que os flaps do avião estavam recolhidos.
O dado sobre o flap é considerado fundamental para a avaliação das causas do acidente. Quando um piloto vai aterrissar, é preciso "baixar os flaps", que são como extensões das asas e ajudam na sustentação e frenagem do avião no solo.
Mas no manual de instrução do jato há uma restrição segundo a qual os flaps não podem ser recolhidos se o avião estiver em velocidade acima de 200 nós, ou seja, acima de 370 km/h.
Assim, se o piloto acelera com os flaps abertos, baixados, depois de uma eventual arremetida com a potência do motor no máximo e acima desse patamar, a recomendação é para que se reduza a velocidade, baixando a altitude, recolha os flaps e aí retome o voo normalmente.
A constatação dos peritos não é ainda conclusiva e terá de ser mais detalhada na análise das peças pelos técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Baque
Segundo a instrução do Cessna, se os flaps forem recolhidos com o avião a mais de 370 km/h, ocorre um "put down" (baque) violento, movimento que puxa o avião para baixo, tirando a estabilidade da aeronave a ponto de desorientar o piloto.
Portanto, para os investigadores, se os flaps estão recolhidos é porque há duas opções imediatas: o procedimento pode ter sido realizado no tempo certo, com velocidade certa, ou o flap foi recolhido após a arremetida, em alta velocidade.
Como o Cessna se acidentou e explodiu ao se chocar com o solo, a análise dos peritos se volta agora para a possibilidade de um eventual "put down", tendo sido motivado por suposto recolhimento do flap acima de 370 km/h, contribuindo, desta forma, para o acidente.
O problema é que, em momentos de decisão e tensão, as operações não são todas feitas seguindo as recomendações.
E para dificultar as investigações, na definição das diferentes velocidades adotadas pelo avião quando se aproximava da Base Aérea, o Cessna não tinha, como equipamento de série, um gravador de dados, com informações sobre altitude do avião no momento de suas operações cruciais, como pouso e decolagem e comandos efetuados pelo piloto.

Também não foram gravadas as conversas mantidas por piloto e copiloto na cabine.
Os investigadores ainda consideram como problema, o fato de não existir torre de controle em Santos, que centraliza e armazena vários dados do voo, mas apenas uma estação de rádio controlada por um operador.
Segundo o operador da Base Aérea de Santos, que já foi ouvido informalmente pela comissão de investigação, o piloto da aeronave estava absolutamente tranquilo quando lhe informou que estava arremetendo, assim como quando respondeu que ia esperar o tempo melhorar para tentar nova aterrissagem.
Mas há especulações de que ele pudesse estar em uma altitude baixa, que não deu sustentação ao avião, na hora de arremeter. Tudo isso, agravado pelo mau tempo na região.
Segundo informações da Força Aérea, se o avião possuísse um gravador de dados do voo, seria possível apontar exatamente a velocidade e altura do avião na hora da arremetida.
Mas, os militares envolvidos ressaltam que há técnicas na investigação do acidente que permitem que se chegue a uma precisão considerável de importantes dados no momento do impacto, mas não da arremetida.
Segundo os técnicos, até agora, o único choque registrado do avião foi contra o solo, deixando uma cratera de quatro metros.


Fonte: jornal O Estado de S. Paulo

PLENÁRIA PELA REFORMA POLÍTICA É ESPAÇO DEMOCRÁTICO AMPLO

CTB conclama Semana de Luta pela Reforma Política Democrática

Por
P. A. Ferreira (*)

A realização da “4ª Plenária Nacional do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político”, ocorrida no Instituto Cajamar, em São Paulo, nos últimos dias 9 e 10, é o exemplo mais recente de que, tal qual o assunto requer e o povo almeja, se trata de um espaço democrático amplo e de livre participação de qualquer cidadão ou cidadã, seja detentor ou não de cargo eletivo ou comissionado.
De acordo com o Portal da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB), o evento teve a participação de representantes da CTB e de, entre outras pessoas do cenário político nacional, Luiza Erundina (PSB-SP) e do deputado estadual Adriano Diogo (PT-SP), bem como do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, além de cerca de 100 delegados de 25 comitês estaduais do Plebiscito de todo o Brasil.

O Plebiscito Popular está marcado para acontecer na primeira semana de setembro, do dia 1º ao dia 7, Dia da Independência. Ao longo desses dias, a expectativa é de que milhares de brasileiros e de brasileiras respondam uma única pergunta:
“Você é a favor da convocação de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político? (  )SIM (  )NÃO.”
Representante da presidenta Dilma Rousseff e do governo federal, Gilberto Carvalho foi enfático: “Posso lhes assegurar que a presidenta acompanha com grande interesse e entusiasmo a campanha, pois efetivamente o sistema político brasileiro não apenas bloqueia iniciativas do Executivo, como trava as mudanças estruturais necessárias para o nosso País”.
Ainda durante a Plenária, o porta-voz se comprometeu a agendar uma audiência com a presidenta Dilma para que organizadores façam a entrega do resultado desta consulta.
Destacando a importância deste ato para a sociedade brasileira, Rogério Nunes, secretário de Políticas Sociais da CTB e um dos representantes da entidade na “4ª Plenária Nacional”, ressaltou que “este é um momento que atende aos anseios dos movimentos de junho do ano passado, que teve como principal reivindicação a Reforma Política para consolidar a democracia e ter mecanismos de maior participação popular” e aproveitou para convocar os brasileiros e as brasileiras para participar deste ato democrático que reafirma a voz das ruas durante as manifestações de 2013. "A CTB conclama seus filiados, entidades e sindicatos para fortalecer esta campanha", acrescentou.
Dentre as definições alcançadas durante a Plenária, o trabalho conjunto entre Plebiscito pela Reforma Política e a Campanha para Expressar a Liberdade através do Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) da Mídia Democrática.
No último dia 12, foi marcado o Dia Nacional de Lutas pela Constituinte com atividades e manifestações por todo o Brasil para esquentar os motores em direção à Semana do Plebiscito e a coleta de milhares de votos.
Entenda os objetivos assistindo ao vídeo de mobilização pelo Plebiscito por uma Constituição Popular através do link http://youtu.be/L5UQgFpQW-8.
Leia, abaixo, a íntegra da declaração desta “4ª Plenária Nacional do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político”:
“Declaração da IV Plenária Nacional do Plebiscito da Constituinte
A ‘IV Plenária Nacional da Campanha pelo Plebiscito da Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político’ reuniu 100 delegados de 25 Comitês Estaduais de todo o Brasil para preparar a reta final da mobilização para a coleta de votos no período de 1 a 7 de setembro de 2014.
Reforçados pelos avanços de nossa campanha e pela unidade obtida, reafirmamos o empenho para o sucesso das ações programadas para o dia 12 de agosto – Dia Nacional de Luta pela Constituinte.
Conclamamos as organizações populares, sindicais e democráticas, as cidadãs e cidadãos brasileiros do campo e da cidade, bem como todas as iniciativas em curso por uma reforma política democrática, ao engajamento na Semana de Luta pela Reforma Política, de 1 a 7 de setembro, quando recolheremos milhões de votos em todo o país no plebiscito popular.
Neste momento, também reforçamos a unidade com a campanha Para Expressar a Liberdade, que impulsiona um Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) por uma Lei da Mídia Democrática. A democratização da comunicação é parte fundamental das mudanças que defendemos para o sistema político.
Indicamos igualmente a realização da ‘5ª Plenária Nacional’ da nossa campanha para setembro ou outubro, em Brasília, por ocasião da entrega dos resultados do plebiscito popular às autoridades, onde discutiremos os próximos passos da nossa campanha!
Cajamar, 10 de agosto de 2014.”

(*) jornalista e assessor de Comunicação do Sitial

com informação Portal CTB

OFICINA DA FJBPC AGRADA EDUCADORES NO ‘PINTANDO O SETE’

“Arte e Sustentabilidade” apresentou recursos naturais para auxiliar no desenvolvimento dos educandos da Educação Infantil

Por
P. A. Ferreira (*)

O projeto “Pintando o Sete”, realizado pela Administração Municipal de Poços de Caldas, município do Sul de Minas Gerais, através da Secretaria Municipal de Educação (SME), teve a participação da Fundação Jardim Botânico de Poços de Caldas (FJBPC) durante as oficinas realizadas no último sábado, 16.
A programação foi aberta na noite da quinta-feira, 14, no Espaço Cultura da Urca, com apresentações musicais e palestra com o tema “Sustentabilidade: Educação Ambiental Para o Consumo Consciente”, proferida pela Dra. Carmem Fabriani.
A estimativa da SME é de que tenham participado do evento deste ano, que trouxe como tema “Pintando o Sete na Escola Viva”, 1.680 funcionários dos 48 Centros de Educação Infantil (CEI’s) e das 10 escolas municipais que têm Educação Infantil, onde são atendidas cerca de seis mil crianças de quatro meses a seis anos de idade.
Com o tema “Arte e Sustentabilidade”, o diretor-financeiro da FJBPC, Bruno Figueiredo, apresentou, em duas turmas, uma pela e outra no período da tarde, as mais diversas possibilidades de aplicabilidade dentro das salas de aula no auxílio ao desenvolvimento e crescimento intelectual dos jovens educandos da Educação Infantil.
A apresentação agradou aos educadores que participaram desta oficina, que demonstraram satisfação e empolgação para colocar em prática, dentro das salas de aula, o que foi permitido aprender.
Entre os exemplos, a educadora Jositânia de Araújo Martins Andrade, da CEI Pingo de Gente e que cuida do desenvolvimento intelectual de crianças de cinco e seis anos de idade (jardim II). “Foi muito proveitosa, principalmente ao conhecer e aprender o uso de materiais naturais que normalmente não utilizamos, como o açafrão, o urucum e o pó de café para fazer tinturas”, observou.
Do mesmo modo e na mesma linha de raciocínio, as coordenadoras pedagógicas Maria Beatriz Prézia Moura, da CEI Caminho de Luz, e Andréia Eiras Testi, da Creche Dona Palmira e Morello Mencari, destacaram a importância de se trazer informações deste nível aos educadores, principalmente no caso do projeto “Pintando o Sete”, que lida diretamente com a formação das crianças com até seis anos de idade.
“A palestra veio de encontro às expectativas do ‘Pintando o Sete’ deste ano – ‘Pintando o Sete na Escola Viva’ – principalmente devido técnicas de uso de materiais naturais”, salientou Maria Beatriz.
De acordo com Bruno Figueiredo, a sua participação nestas oficinas faz parte da missão do Jardim Botânico de Poços de Caldas, que é levar informação e participar da construção de uma sociedade mais racional e voltada para a preservação a partir do conhecimento e do incentivo.
O diretor lembra que o Jardim Botânico está aberto a toda população, inclusive para grupos diversos, como de estudantes, para visitas monitoradas e acompanhamentos para esclarecimentos, entre várias oficinas. São centenas de espécies integrando coleções de orquídeas e samambaias entre inúmeros outros exemplares da flora local e regional.
Para agendar a visita, os interessados devem entrar em contato pelo telefone 3715-6054.


(*) jornalista