“Um Ladrão de Guarda-Chuvas”, livro do escritor poços-caldense Jurandir Ferreira, teve sua reedição lançada em Brasília pela CBBPara a edição de final de ano, a Confraria dos Bibliófilos do Brasil (CBB) escolheu o escritor mineiro poços-caldense Jurandir Ferreira (2-09-1905/16-12-1997) e sua novela dramático-farsesca “Um Ladrão de Guarda-Chuvas”. O livro conta com duas apresentações. A primeira de José Roberto Silva, jornalista, escritor e poeta que teve a oportunidade de ter a amizade do autor e foi escolhido pela família para falar um pouco sobre ele. O segundo, o mestre do ensaísmo literário brasileiro, o professor Antônio Candido que, de pronto, aceitou o nosso convite para enriquecer o livro com algumas palavras a respeito de JF.
Este é o 12.° livro da série Livro do Ano. “A Série Livro do Ano, depois de 12 edições, recebeu maciça aprovação por parte dos confrades, se transformando em um absoluto sucesso e objeto de colecionismo. O objetivo principal desta série é resgatar escritores brasileiros de excelência que ficam ‘esquecidos’ no tempo e no espaço, e cabe ainda registrar que, na maioria dos casos, os livros desses autores não estão mais em catálogo, e até mesmo nos sebos se tornaram escassos”, afirma José Salles Neto, presidente da CBB.
Para ilustrar o livro, considerando a intensa vinculação do escritor a Poços de Caldas, a CBB busca, de forma obsessiva, um artista afeito à cidade e, assim, convidou o artista plástico Marcelo Abuchalla, que apesar de ter nascido em São Paulo afirma que de Poços não sai, para a terefa.
De forma magistral ele “voltou no tempo” e produziu todas as ilustrações com estilo de época em que a história do ladrão de guarda-chuvas se passa. A novela ambientada em Poços de Caldas ainda no tempo do fervor do jogo e do uso massivo das águas termais, revelando uma cidade em ebulição, movimentada por todos os setores das elites brasileiras daquele momento. Não obstante, retrata de forma lúcida a
Praça Pedro Sanches, o Palace Hotel, o Cassino Bauxita, a Rua Assis Figueiredo e muitos outros lugares como cenário, costurando tudo isso a uma história bisara de um ladrão, um guarda chuvas, um cavalheiro bem atrapalhado e, claro, o capeta.
Conforme destacado pelo ilustrador da obra, a responsabilidade quando do convite estava firmada. “O processo para a ilustração foi o normal... ler o livro, se sentir na história. Mas eu não contava, em momento nenhum, encontrar Poços de Caldas tão ontem hoje aqui. As situações, as pessoas, os locais, como a coisa acontece é quase tangível. Aí foi fácil, dias desenhando e pronto, aí está”, enfatiza Marcelo Abuchalla.
O livro ainda conta com mais algumas singularidades. É impresso a partir de tipo de chumbo, impresso em papel artesanal de maneira manual, as ilustrações foram todas impressas manualmente e todo livro tem seu fechamento manual.
Para maiores informações basta entrar em contato através do endereço eletrônico conbiblibr@yahoo.com.br ou abuchallamarcelo@hotmail.com.