terça-feira, 19 de agosto de 2014

FLAPS PODEM EXPLICAR QUEDA DO AVIÃO DE CAMPOS

Na aterrissagem, é preciso "baixar os flaps", que ajudam na sustentação e frenagem do avião no solo, mas não podem ser abertos em altas velocidades
As primeiras análises dos restos das peças do Cessna Citation que caiu no último dia 13, na baixada santista, matando o ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, e mais seis pessoas apontaram que os flaps do avião estavam recolhidos.
O dado sobre o flap é considerado fundamental para a avaliação das causas do acidente. Quando um piloto vai aterrissar, é preciso "baixar os flaps", que são como extensões das asas e ajudam na sustentação e frenagem do avião no solo.
Mas no manual de instrução do jato há uma restrição segundo a qual os flaps não podem ser recolhidos se o avião estiver em velocidade acima de 200 nós, ou seja, acima de 370 km/h.
Assim, se o piloto acelera com os flaps abertos, baixados, depois de uma eventual arremetida com a potência do motor no máximo e acima desse patamar, a recomendação é para que se reduza a velocidade, baixando a altitude, recolha os flaps e aí retome o voo normalmente.
A constatação dos peritos não é ainda conclusiva e terá de ser mais detalhada na análise das peças pelos técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Baque
Segundo a instrução do Cessna, se os flaps forem recolhidos com o avião a mais de 370 km/h, ocorre um "put down" (baque) violento, movimento que puxa o avião para baixo, tirando a estabilidade da aeronave a ponto de desorientar o piloto.
Portanto, para os investigadores, se os flaps estão recolhidos é porque há duas opções imediatas: o procedimento pode ter sido realizado no tempo certo, com velocidade certa, ou o flap foi recolhido após a arremetida, em alta velocidade.
Como o Cessna se acidentou e explodiu ao se chocar com o solo, a análise dos peritos se volta agora para a possibilidade de um eventual "put down", tendo sido motivado por suposto recolhimento do flap acima de 370 km/h, contribuindo, desta forma, para o acidente.
O problema é que, em momentos de decisão e tensão, as operações não são todas feitas seguindo as recomendações.
E para dificultar as investigações, na definição das diferentes velocidades adotadas pelo avião quando se aproximava da Base Aérea, o Cessna não tinha, como equipamento de série, um gravador de dados, com informações sobre altitude do avião no momento de suas operações cruciais, como pouso e decolagem e comandos efetuados pelo piloto.

Também não foram gravadas as conversas mantidas por piloto e copiloto na cabine.
Os investigadores ainda consideram como problema, o fato de não existir torre de controle em Santos, que centraliza e armazena vários dados do voo, mas apenas uma estação de rádio controlada por um operador.
Segundo o operador da Base Aérea de Santos, que já foi ouvido informalmente pela comissão de investigação, o piloto da aeronave estava absolutamente tranquilo quando lhe informou que estava arremetendo, assim como quando respondeu que ia esperar o tempo melhorar para tentar nova aterrissagem.
Mas há especulações de que ele pudesse estar em uma altitude baixa, que não deu sustentação ao avião, na hora de arremeter. Tudo isso, agravado pelo mau tempo na região.
Segundo informações da Força Aérea, se o avião possuísse um gravador de dados do voo, seria possível apontar exatamente a velocidade e altura do avião na hora da arremetida.
Mas, os militares envolvidos ressaltam que há técnicas na investigação do acidente que permitem que se chegue a uma precisão considerável de importantes dados no momento do impacto, mas não da arremetida.
Segundo os técnicos, até agora, o único choque registrado do avião foi contra o solo, deixando uma cratera de quatro metros.


Fonte: jornal O Estado de S. Paulo

PLENÁRIA PELA REFORMA POLÍTICA É ESPAÇO DEMOCRÁTICO AMPLO

CTB conclama Semana de Luta pela Reforma Política Democrática

Por
P. A. Ferreira (*)

A realização da “4ª Plenária Nacional do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político”, ocorrida no Instituto Cajamar, em São Paulo, nos últimos dias 9 e 10, é o exemplo mais recente de que, tal qual o assunto requer e o povo almeja, se trata de um espaço democrático amplo e de livre participação de qualquer cidadão ou cidadã, seja detentor ou não de cargo eletivo ou comissionado.
De acordo com o Portal da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB), o evento teve a participação de representantes da CTB e de, entre outras pessoas do cenário político nacional, Luiza Erundina (PSB-SP) e do deputado estadual Adriano Diogo (PT-SP), bem como do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, além de cerca de 100 delegados de 25 comitês estaduais do Plebiscito de todo o Brasil.

O Plebiscito Popular está marcado para acontecer na primeira semana de setembro, do dia 1º ao dia 7, Dia da Independência. Ao longo desses dias, a expectativa é de que milhares de brasileiros e de brasileiras respondam uma única pergunta:
“Você é a favor da convocação de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político? (  )SIM (  )NÃO.”
Representante da presidenta Dilma Rousseff e do governo federal, Gilberto Carvalho foi enfático: “Posso lhes assegurar que a presidenta acompanha com grande interesse e entusiasmo a campanha, pois efetivamente o sistema político brasileiro não apenas bloqueia iniciativas do Executivo, como trava as mudanças estruturais necessárias para o nosso País”.
Ainda durante a Plenária, o porta-voz se comprometeu a agendar uma audiência com a presidenta Dilma para que organizadores façam a entrega do resultado desta consulta.
Destacando a importância deste ato para a sociedade brasileira, Rogério Nunes, secretário de Políticas Sociais da CTB e um dos representantes da entidade na “4ª Plenária Nacional”, ressaltou que “este é um momento que atende aos anseios dos movimentos de junho do ano passado, que teve como principal reivindicação a Reforma Política para consolidar a democracia e ter mecanismos de maior participação popular” e aproveitou para convocar os brasileiros e as brasileiras para participar deste ato democrático que reafirma a voz das ruas durante as manifestações de 2013. "A CTB conclama seus filiados, entidades e sindicatos para fortalecer esta campanha", acrescentou.
Dentre as definições alcançadas durante a Plenária, o trabalho conjunto entre Plebiscito pela Reforma Política e a Campanha para Expressar a Liberdade através do Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) da Mídia Democrática.
No último dia 12, foi marcado o Dia Nacional de Lutas pela Constituinte com atividades e manifestações por todo o Brasil para esquentar os motores em direção à Semana do Plebiscito e a coleta de milhares de votos.
Entenda os objetivos assistindo ao vídeo de mobilização pelo Plebiscito por uma Constituição Popular através do link http://youtu.be/L5UQgFpQW-8.
Leia, abaixo, a íntegra da declaração desta “4ª Plenária Nacional do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político”:
“Declaração da IV Plenária Nacional do Plebiscito da Constituinte
A ‘IV Plenária Nacional da Campanha pelo Plebiscito da Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político’ reuniu 100 delegados de 25 Comitês Estaduais de todo o Brasil para preparar a reta final da mobilização para a coleta de votos no período de 1 a 7 de setembro de 2014.
Reforçados pelos avanços de nossa campanha e pela unidade obtida, reafirmamos o empenho para o sucesso das ações programadas para o dia 12 de agosto – Dia Nacional de Luta pela Constituinte.
Conclamamos as organizações populares, sindicais e democráticas, as cidadãs e cidadãos brasileiros do campo e da cidade, bem como todas as iniciativas em curso por uma reforma política democrática, ao engajamento na Semana de Luta pela Reforma Política, de 1 a 7 de setembro, quando recolheremos milhões de votos em todo o país no plebiscito popular.
Neste momento, também reforçamos a unidade com a campanha Para Expressar a Liberdade, que impulsiona um Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) por uma Lei da Mídia Democrática. A democratização da comunicação é parte fundamental das mudanças que defendemos para o sistema político.
Indicamos igualmente a realização da ‘5ª Plenária Nacional’ da nossa campanha para setembro ou outubro, em Brasília, por ocasião da entrega dos resultados do plebiscito popular às autoridades, onde discutiremos os próximos passos da nossa campanha!
Cajamar, 10 de agosto de 2014.”

(*) jornalista e assessor de Comunicação do Sitial

com informação Portal CTB

OFICINA DA FJBPC AGRADA EDUCADORES NO ‘PINTANDO O SETE’

“Arte e Sustentabilidade” apresentou recursos naturais para auxiliar no desenvolvimento dos educandos da Educação Infantil

Por
P. A. Ferreira (*)

O projeto “Pintando o Sete”, realizado pela Administração Municipal de Poços de Caldas, município do Sul de Minas Gerais, através da Secretaria Municipal de Educação (SME), teve a participação da Fundação Jardim Botânico de Poços de Caldas (FJBPC) durante as oficinas realizadas no último sábado, 16.
A programação foi aberta na noite da quinta-feira, 14, no Espaço Cultura da Urca, com apresentações musicais e palestra com o tema “Sustentabilidade: Educação Ambiental Para o Consumo Consciente”, proferida pela Dra. Carmem Fabriani.
A estimativa da SME é de que tenham participado do evento deste ano, que trouxe como tema “Pintando o Sete na Escola Viva”, 1.680 funcionários dos 48 Centros de Educação Infantil (CEI’s) e das 10 escolas municipais que têm Educação Infantil, onde são atendidas cerca de seis mil crianças de quatro meses a seis anos de idade.
Com o tema “Arte e Sustentabilidade”, o diretor-financeiro da FJBPC, Bruno Figueiredo, apresentou, em duas turmas, uma pela e outra no período da tarde, as mais diversas possibilidades de aplicabilidade dentro das salas de aula no auxílio ao desenvolvimento e crescimento intelectual dos jovens educandos da Educação Infantil.
A apresentação agradou aos educadores que participaram desta oficina, que demonstraram satisfação e empolgação para colocar em prática, dentro das salas de aula, o que foi permitido aprender.
Entre os exemplos, a educadora Jositânia de Araújo Martins Andrade, da CEI Pingo de Gente e que cuida do desenvolvimento intelectual de crianças de cinco e seis anos de idade (jardim II). “Foi muito proveitosa, principalmente ao conhecer e aprender o uso de materiais naturais que normalmente não utilizamos, como o açafrão, o urucum e o pó de café para fazer tinturas”, observou.
Do mesmo modo e na mesma linha de raciocínio, as coordenadoras pedagógicas Maria Beatriz Prézia Moura, da CEI Caminho de Luz, e Andréia Eiras Testi, da Creche Dona Palmira e Morello Mencari, destacaram a importância de se trazer informações deste nível aos educadores, principalmente no caso do projeto “Pintando o Sete”, que lida diretamente com a formação das crianças com até seis anos de idade.
“A palestra veio de encontro às expectativas do ‘Pintando o Sete’ deste ano – ‘Pintando o Sete na Escola Viva’ – principalmente devido técnicas de uso de materiais naturais”, salientou Maria Beatriz.
De acordo com Bruno Figueiredo, a sua participação nestas oficinas faz parte da missão do Jardim Botânico de Poços de Caldas, que é levar informação e participar da construção de uma sociedade mais racional e voltada para a preservação a partir do conhecimento e do incentivo.
O diretor lembra que o Jardim Botânico está aberto a toda população, inclusive para grupos diversos, como de estudantes, para visitas monitoradas e acompanhamentos para esclarecimentos, entre várias oficinas. São centenas de espécies integrando coleções de orquídeas e samambaias entre inúmeros outros exemplares da flora local e regional.
Para agendar a visita, os interessados devem entrar em contato pelo telefone 3715-6054.


(*) jornalista

segunda-feira, 31 de março de 2014

A HISTÓRIA NÃO PODE SE REPETIR – 50 ANOS DO GOLPE MILITAR

As ações e levantes que se observaram nos meses que antecederam ao golpe foram significativos e, apesar de ideia inicial ser de governo transitório, se tornou ditadura
“A crise que se manifesta no país foi provocada pela minoria de privilegiados que vive de olhos voltados para o passado e teme enfrentar o luminoso futuro que se abrirá à democracia pela integração de milhões de patrícios nossos na vida econômica, social e política da Nação, libertando-os da penúria e da ignorância... O momento que estamos vivendo exige de cada brasileiro o máximo de calma e de determinação, para fazer face ao clima de intrigas e envenenamentos, que grupos poderosos estão procurando criar contra o governo, contra os mais altos interesses da Pátria e contra a unidade de nossas Forças Armadas”, este texto é recente e demonstra o atual cotidiano de nossa sociedade, certo? Não, errado.
Esses são os dois primeiros parágrafos do discurso do ex-presidente João Goulart, o Jango, feito há 50 anos, na noite do dia 30 de março de 1964, no Automóvel Clube, no Rio de Janeiro, durante reunião de sargentos, na véspera do golpe político-militar que ocorrera no dia seguinte, em ação antecipada do comandante da 4.ª Região Militar (sediada em Juiz de Fora – MG), general Olímpio Mourão Filho, surpreendendo até mesmo os próprios conspiradores, com a movimentação de suas tropas em direção ao Rio de Janeiro, onde o presidente ainda se encontrava.
Vale destacar o objetivo de Goulart, na reunião de sargentos, em apresentar as propostas tão cobradas das Reformas de Base e que, conforme ficou claro, era apenas uma cobrança da elite da época, dos grupos empresariais e dos militares, apoiados por alguns veículos de comunicação. Na prática, as mudanças não eram almejadas por eles, mas, sim, e principalmente, um clamor do povo que, desde 1961, aguardava por isso.
Tal qual é, em seu princípio, o discurso do, democraticamente eleito, presidente Goulart, também se segue como se fora feito na noite passada, em nossos dias atuais de 2014, ao discorrer: “... Reconheço que há muitos iludidos de boa-fé. Venho adverti-los de que estão sendo manipulados em seus sentimentos por grupos de facções políticas, agências de publicidade e órgãos de cúpula das classes empresariais...”.
Naquele momento, em 31 de março de 1964, ao ser informado das medidas da 4.ª Região Militar, Jango determina o envio de tropas do Rio de Janeiro para conter o levante do Exército de Minas Gerais e tenta articular apoio militar entre os comandantes do Exército, não alcançando êxito. João Goulart é deposto e, a partir daí, a sociedade brasileira é embrenhada e submetida a fatos vergonhosos que se seguiriam por mais de 20 anos de ditadura, mesmo que, em seu início, se tenha travestido ou pretendido ser apenas um governo transitório.
A participação efetiva dos Estados Unidos também é evidente, conforme demonstram documentos, até então sigilosos, trocados entre o embaixador e o adido estadunidense no Brasil com o governo de seu país, nos quais são enfatizados o risco iminente de o Brasil, a exemplo do que ocorrera recentemente com Cuba, rumar em direção ao comunismo. E esse é era o grande e pior pesadelo dos Estados Unidos, conforme as conversas gravadas pela própria Casa Branca, considerando que o Brasil poderia vir a ser tornar uma China no hemisfério ocidental.
A nociva e perniciosa atuação do governo estadunidense, tal qual é sua arrogância e prepotência nos dias atuais, é revelada no documentário "O Dia que Durou 21 anos", de Camilo Tavares.
Entre outros documentos da época, o filme retrata as ações de propaganda dos EUA para desestabilizar o governo brasileiro, a criação e o financiamento de supostos institutos de pesquisa anti-Goulart, como o IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática) e o IPES (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais) para bancar “pesquisas” e campanhas de 250 candidatos a deputados-federais, oito a governador e 600 a deputado estadual pelo país, visando, principalmente, os estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além de estímulo a greves e artigos na imprensa contra o governo sob o comando da CIA (Agência Central de Inteligência) com vistas à derrocada de regimes, conforme explicado pelo coordenador do Arquivo de Segurança Nacional dos EUA, Peter Kornbluh.
“Estamos tomando medidas complementares para fortalecer as forças de resistência contra Goulart. Ações sigilosas incluem manifestações de rua pró-democracia, para encorajar o sentimento anticomunismo no Congresso, nas Forças Armadas, imprensa e grupos da igreja e no mundo dos negócios.” Esse é o teor de um dos telegramas enviados a Washington pelo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Harvard Lincoln Gordon, que recebeu carta branca do então presidente estadunidense, Lyndon Johnson, para desestabilizar Goulart, bem como autorizou o envio de navios ao Brasil.
Estava instaurada a Ditadura Militar e, por 21 anos marcaria profundamente a sociedade brasileira e seus reflexos continuam a ecoar até hoje. Os dias que se seguiram ao golpe marcaram e mancharam o povo brasileiro pelo regime de exceção, com o fechado do Congresso Nacional, extinção do pluripartidarismo, forte repressão às manifestações, perseguições, prisões, torturas, assassinatos, censura, além de muitos artistas, sindicalistas, políticos, jornalistas, estudantes, professores e outros profissionais que foram expulsos do país e, por longos anos, obrigados a aguardar pela anistia para poderem retornar. Dos muitos tidos como presos políticos, até hoje não se tem notícias e, daqueles que foram mortos, muita informação ainda é uma sombra, um mistério.
Entretanto, apesar de, neste momento, parecer que o Golpe Militar se deu da noite para o dia ou em alguns poucos meses, na prática, se faz necessário observar como a história transcorreu ao longo dos oito anos anteriores.
Desta forma, em 1956, Juscelino Kubitschek assumia a Presidência da República adotando postura conciliadora à oposição política, permitindo-lhe um governo sem grandes crises. Assim, alcançou considerável crescimento da economia e do setor industrial e sua gestão chegou ao ápice com a construção da nova capital, Brasília, considerada a maior conquista da era JK.
A nova capital demandou forte e alto investimento de recursos financeiros, tendo sido totalmente projetada e inaugurada em 21 de abril de 1960, mesmo ano em que Jânio Quadros é eleito, em outubro, à Presidência da República.
No final de janeiro de 1961, Jânio Quadros toma posse, mas seu governo não é nada popular. Na Economia, movido pela crise financeira aguda causada por intensa inflação, déficit da balança comercial e crescimento da dívida externa, adota medidas drásticas, restringe o crédito, congela os salários e incentiva as exportações.na política externa, os ânimos da oposição são acirrados pela nomeação de Afonso Arinos para o ministério das Relações Exteriores, que alterou, radicalmente, os rumos da política externa brasileira. O Brasil começou a se aproximar dos países socialistas, restabeleceu relações diplomáticas com a União Soviética (URSS).
Jânio Quadros condecora, pessoalmente, com a Ordem do Cruzeiro do Sul, o líder guerrilheiro revolucionário Ernesto Che Guevara (19/08/1961), então ministro de Cuba, e o cosmonauta soviético Yuri Gagarin, além de receber a visita do presidente cubano, Fidel Castro.
Estes fatos provocam forte crise nas Forças Armadas e, no dia 25 de agosto de 1961, portanto, menos de um ano após assumir o cargo, Jânio Quadros renuncia ao mandato sob a justificativa, que perduraria por anos, de ser levado à decisão por “forças ocultas”. Por certo, naquele momento, já era acenada a intenção de golpe em nome de bloquear a expansão do comunismo no continente americano.
A instabilidade política, principalmente dentro das Forças Armadas, em especial da FAB (Força Aérea Brasileira), impede que o cargo seja assumido, imediatamente, pelo vice-presidente João Goulart e é ocupado, interinamente, pelo presidente da Câmara, deputado Ranieri Mazzilli até que, depois de negociações e muitos entendimentos, Jango assume a Presidência da República por força da Emenda Constitucional nº 4, de 22 de setembro de 1961, a qual institui o sistema parlamentar de governo. Com o novo regime, Tancredo Neves assume o cargo de Primeiro-Ministro, e a Presidência de Jango, sem poderes de Chefe de Estado, fica limitado.
À época, o Congresso não se mostrou à altura das responsabilidades que a Emenda Constitucional lhe havia dado, se desgastou em discussões internas e perdeu a grande oportunidade de consolidar o regime parlamentarista no Brasil, haja vista que, em curto espaço de tempo, apenas um ano, registrou a passagem de três chefes como Primeiro-Ministro (Tancredo Neves, Brochado da Rocha e Hermes Lima).
Neste intervalo, organizou-se um plebiscito para que o povo decidisse pelo “Sim” ou “Não” ao parlamentarismo e, em resultado arrasador, no dia 6 de janeiro de 1963, o eleitorado nacional decide pela volta ao presidencialismo e, desta vez, a condução de Jango à Presidência da República com amplos poderes de Chefe de Estado.
Entretanto, não diferente da gestão de Jânio, João Goulart sofreu forte oposição política, constrangimentos, acusações de golpe, impedimento de governança e, com a instabilidade político-militar, as Forças Armadas, com o apoio de grupos de facções políticas, agências de publicidade e órgãos de cúpula das classes empresariais, bem como a forte aliança, interferência e influência direta dos Estados Unidos, o caos volta a dominar o país, culminando com o Golpe Militar que, no dia 31 de março de 1964, pôs fim à Terceira República (1945-1964).

ACOMPANHE, ABAIXO, OS DIAS QUE ANTECEDERAM AO GOLPE A PARTIR DE AGOSTO DE 1961 ATÉ A ELEIÇÃO DE CASTELO BRANCO EM 11 DE ABRIL DE 1964
Agosto/1961 – Jânio Quadros renuncia à Presidência da República, alegando que "forças terríveis" tinham se levantado contra ele. Muitos especialistas creem que Jânio contava com o veto dos ministros militares ao vice-presidente, João Goulart, e com uma reação popular que o levasse de volta à Presidência, dessa vez com superpoderes.
Setembro/1961 – Depois das reações ao veto dos militares, uma solução de compromisso garante a posse de Goulart sob o regime parlamentarista. Com a apressada emenda à Constituição, Goulart irá dividir o poder com o primeiro-ministro. Tancredo Neves é o primeiro a assumir o cargo.
Dezembro/1962 – Apresentação do Plano Trienal, elaborado pelo ministro Celso Furtado. Os objetivos centrais do plano eram o combate à inflação sem comprometer o crescimento econômico e buscar promover a realização das reformas necessárias para um desenvolvimento sustentado.
Janeiro/1963 – Sistema parlamentarista é derrotado em plebiscito e Goulart recupera os plenos poderes da Presidência.
Setembro/1963 – Após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), suspendendo o mandato dos sargentos eleitos no ano anterior, centenas de sargentos, fuzileiros e soldados se rebelam em Brasília. Tomam vários prédios públicos e prendem o presidente interino da Câmara dos Deputados e um ministro do STF. A rebelião é sufocada em poucas horas, com o saldo de duas pessoas mortas, um militar e um civil. A quebra da disciplina e da hierarquia causa forte reação na alta oficialidade.
Outubro/1963 – Goulart pede ao Congresso autorização para decretar o estado de sítio por 30 dias. Não consegue apoio para a medida já que tanto as forças políticas de esquerda como as de direita temiam ser alvo dos poderes emergenciais.
1964
Janeiro – Goulart regulamenta a Lei de Remessas de Lucros, que limitava as transferências de divisas para o exterior, contrariando os interesses dos investidores estrangeiros.
13 de março – Pelo menos 150 mil pessoas comparecem ao comício da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, no que seria o início de uma nova campanha em favor das reformas sociais.
No comício Goulart assina dois decretos: o primeiro nacionalizava todas as refinarias de petróleo particulares, o segundo tornava sujeitas à desapropriação propriedades rurais numa faixa de 10 km à margem de rodovias ou ferrovias federais.
19 de março – Milhares de pessoas participam da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, organizada por várias entidades conservadoras, entre elas a SRB (Sociedade Rural Brasileira) e a UCF (União Cívica Feminina). Segundo fontes divergentes, os participantes ficaram entre 200 mil e 500 mil pessoas.
20 de março – O general Castelo Branco, chefe do Estado-Maior do Exército e um dos coordenadores da conspiração contra o governo democrático, lança uma circular reservada aos oficiais advertindo sobre o que considerava como perigo latente nas recentes medidas do presidente da República.
25 de março – Ministro da Marinha, Sílvio Mota, manda prender dirigentes da Associação de Marinheiros e Fuzileiros Navais. A tropa enviada para fazer a prisão se recusa a atacar os colegas e vários fuzileiros se juntam aos insubordinados, no episódio conhecido como a Revolta dos Marinheiros.
Mota pede demissão. Após negociações, os marinheiros se entregam e são presos, mas logo depois são libertados e anistiados.
O episódio aumenta a irritação dos militares ainda legalistas com a quebra da hierarquia e disciplina.
30 de março – Goulart discursa em reunião de sargentos, no Automóvel Clube, no Rio de Janeiro.
31 de março – O general Olímpio Mourão Filho, comandante da 4.ª Região Militar, sediada em Juiz de Fora (MG), dá início ao golpe ao movimentar – antes do esperado pelos próprios conspiradores – suas tropas em direção ao Rio de Janeiro, onde se encontrava o presidente. Goulart envia tropas do Rio para deter o levante e tenta articular apoio militar entre os comandantes do Exército.
1º de abril – Após a adesão aos revoltosos pelas tropas enviadas do Rio de Janeiro, Goulart decide deixar o Rio e ir para Brasília. Sem condições de organizar uma resistência efetiva, decide ir para Porto Alegre.
2 de abril – Desrespeitando a Constituição do país na época, já que Goulart se encontrava em território nacional, o presidente do Congresso, senador Auro de Moura Andrade, declara vaga a Presidência e empossa interinamente no cargo o presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli. Apesar disso, o poder de fato passou a ser exercido por uma junta, autodenominada Comando Supremo da Revolução, composta pelo general Artur da Costa e Silva, almirante Augusto Rademaker Grünewald e o brigadeiro Francisco de Assis Correia de Melo.
Em Porto Alegre, apesar dos apelos de seu cunhado e ex-governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, Goulart percebeu que não havia mais condições para uma reação ao golpe.
4 de abril – Goulart deixa o Brasil e pede asilo no Uruguai.
11 de abril – Um Congresso Nacional já expurgado com as primeiras cassações elege "respeitosamente" o general Castelo Branco presidente da República.

O GOLPE POLÍTICO-MILITAR DE 1964 EM 10 CAPÍTULOS

O documentário 1964 Um Golpe Contra o Brasil”, formado pela série de 10 vídeos, produzido pela Rede TVT (TV dos Trabalhadores), Núcleo de Preservação da Memória Política e apoio do governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria da Cultura, aborda a conjuntura nacional desde 1960 até o golpe civil-militar de 31 de março de 1964. Quais os interesses, os protagonistas e os fatos que culminaram na ação militar que implantou a ditadura no Brasil.
Este trabalho é dedicado ao ex-presidente João Goulart (Jango)1918/1976, deposto pelo golpe civil-militar de 31 de março de 1964, e à cantora e musicista brasileira Nara Leão1942/1989, “cujo trabalho sintetiza o melhor da música brasileira do seu tempo”.
 “NUM PAÍS COMO O BRASIL, ATÉ MESMO PARA SE FAZER ALGUMAS REFORMAS, É NECESSÁRIO SER MUITO REVOLUCIONÁRIO”, Jacob Gorender (**).
 Curiosidades
Durante o governo do presidente João Goulart, o salário-mínimo equivaleria, em 2013, quando o documentário 1964 Um Golpe Contra o Brasil” foi produzido, a cerca de R$ 2.600,00 (dois mil e seiscentos reais).
A aplicação das Reformas de Base, tal qual era pretendida pelo governo Jango, e seu vigor até os dias atuais, evitaria que a Educação fosse privatizada e a sociedade teria garantia ao ensino público universal, gratuito e de boa qualidade em todos os níveis.
A Reforma Agrária proposta por Goulart tinha a tendência de se evitar o êxodo rural. Pelo programa, hoje, a tendência era não haver camponeses sem terra e sem trabalho e, portanto, não se teria criado os cinturões de miséria envolta das grandes cidades. Haveria alimentação boa e barata para as famílias brasileiras.
Dentre as metas e ações de governo do presidente João Goulart, se houvesse vigido a Lei de Controle da Remessa dos Lucros das empresas estrangeiras para as suas sedes no exterior, por certo o Brasil evitaria e “não sangraria ‘zilhões’ de dólares ao final de cada ano”. Ainda, o reinvestimento de parte desse dinheiro no próprio Brasil, geraria milhares, e até milhões de novos empregos.
Outro aspecto que deixou reflexos diz respeito à ausência de investimentos em pesquisas e desenvolvimento tecnológico compatível com o desenvolvimento social. Tendo ocorrido isso, conforme era proposto pelas Reformas de Base de Jango, o Brasil não estaria pagando, ou tido pago, fortunas ao capital internacional pela compra de novas tecnologias, e a mudança das ferramentas de produção não teria levado a classe trabalhadora e o povo brasileiro ao desemprego e à miséria nas décadas de 1980 e 1990.
 NÓS SOBREVIVEMOS AO PAU-DE-ARARA... MAS O PAU-DE-ARARA TAMBÉM SOBREVIVEU...
Essa história não pode se repetir...

Veja, abaixo, o link para assistir aos vídeos que compõem o documentário “1964 Um Golpe Contra o Brasil”:
1964 Um Golpe Contra o Brasil – link vídeo 1 - http://youtu.be/fwChqqkzR5A
1964 Um Golpe Contra o Brasil – link vídeo 2 - http://youtu.be/cI-NtKBig-4
1964 Um Golpe Contra o Brasil – link vídeo 3 - http://youtu.be/PqM-rP20hkU
1964 Um Golpe Contra o Brasil – link vídeo 4 - http://youtu.be/Opz-z6lSjzI
1964 Um Golpe Contra o Brasil – link vídeo 5 - http://youtu.be/3BO5ljhxBGQ
1964 Um Golpe Contra o Brasil – link vídeo 6 - http://youtu.be/7TatSLXc2NE
1964 Um Golpe Contra o Brasil – link vídeo 7 - http://youtu.be/ImcO4DpuWyg
1964 Um Golpe Contra o Brasil – link vídeo 8 - http://youtu.be/G9VEZ3UGN2E
1964 Um Golpe Contra o Brasil – link vídeo 9 - http://youtu.be/_Dsf_AOEppo
1964 Um Golpe Contra o Brasil – link vídeo 10 - http://youtu.be/jR4ZWI6uNGg

Conheça as músicas de Nara Leão, como “Menina de Hiroshima”, “Sina de Caboclo”, “Marcha da Quarta-Feira de Cinzas”, “Manhã de Liberdade” e “Faz Escuro Mas Eu Canto”, através do endereço www.naraleao.com.br.

(**) Jacob Gorender - conforme descrito na Wikipédia - (Salvador, 20 de janeiro de 1923São Paulo, 11 de junho de 2013) foi um dos mais importantes historiadores marxistas brasileiros. Jovem, lutou na Segunda Guerra Mundial, na Itália, como integrante da Força Expedicionária Brasileira. Foi militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), do qual saiu nos anos 60, para participar da fundação do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR). Foi preso, quando do Regime Militar. Entre seus trabalhos se destacam: “A burguesia brasileira”, de 1981, e “Combates nas trevas”, de 1987. Sua principal obra foi a tese "O Escravismo Colonial", de 1978, de caráter revolucionário, na medida em que supera o debate sobre o caráter do passado do Brasil – feudalismo e capitalismo. Naquela obra, apresenta teoria para a compreensão da história colonial e imperial brasileira baseado na apresentação de modo de produção historicamente novo, a saber, o escravismo colonial.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

EDITAL PARA CONSTRUÇÃO DE PRESÍDIO EM POÇOS DE CALDAS É ASSINADO

Governador Anastasia anuncia a criação de 5,4 mil vagas no sistema prisional mineiro. Primeiros seis editais serão publicados no “Minas Gerais” desta quarta-feira e obras começam em 90 dias
O governador Antonio Anastasia lançou, nesta terça-feira, 11, na Cidade Administrativa, o Plano Mineiro de Humanização do Sistema Prisional. Durante o evento, foram anunciados editais para construção de 11 presídios e ampliação de outros quatro, que aumentarão em 5.485 o número de vagas prisionais. Serão investidos cerca de R$ 171,6 milhões em recursos do governo de Minas e repasses do Governo Federal.
Deste modo, enfim sai dos gabinetes a tão esperada construção de um presídio em Poços de Caldas, município do Sul do Estado, (foto acima – exemplo de como deverá ser a nova unidade) a qual acontecerá em área com 50 mil m² doada pelo município e que oferecerá 306 vagas.

O atual presídio em Poços de Caldas está instalado em antigo prédio deteriorado pelo tempo e que não oferece condições dignas aos detentos condenados, aos que aguardam julgamento ou cumprem prisão preventiva. Por inúmeras vezes, a própria condição das instalações, com redes elétrica e hidráulica em péssimo estado, além de infiltrações, provocaram rebeliões e tentativas de fuga (foto ao lado). Há muito tempo a antiga cadeia pública de Poços de Caldas, atual presídio, apresenta muitos problemas, principalmente, superlotação de detentos. Com capacidade para 60 presos, é sabido que a casa prisional tem lotação superior a 450% da sua competência.
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Com a presença do secretário de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social, Cássio Soares, dos comandantes das forças de segurança do Estado, coronel Márcio Martins Sant’Ana (Polícia Militar), Cylton Brandão (Polícia Civil) e o coronel Sílvio Antônio de Oliveira Melo (Corpo de Bombeiros Militar), prefeitos de municípios beneficiados, parlamentares, além de integrantes do Sistema Prisional à solenidade, ao anunciar as vagas, Anastasia relembrou da situação encontrada, em 2003, quando a Polícia Civil era responsável pela guarda da maioria dos presos do Estado e o governo de Minas se responsabilizou por mudar o cenário do sistema prisional mineiro.
“Iniciou-se, ali, um processo, gradual, planejado, firme, com muito amparo para nós criarmos unidades prisionais para acolher quer os presos provisórios, quer os presos condenados. Já aumentamos em mais de seis vezes o número de vagas existentes e estamos aumentando esse número em mais 50% até o final de 2015. Sabemos que ainda há um mundo a fazer, mas os avanços são extremamente positivos”, afirmou o governador.
O secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, classificou o anúncio das novas vagas como um dia histórico e destacou a transformação do Sistema Prisional do Estado como um legado a ser entregue para a sociedade mineira.
“Temos uma posição diferenciada na questão da gestão prisional. Dos 48 mil presos que temos no sistema prisional, 12 mil trabalham, seis mil presos estudam. Estamos, neste momento, construindo 11 galpões de trabalho nas maiores unidades, quatro dos quais concluídos. Sete serão concluídos até o final do ano. Em dois anos, praticamente, vamos aumentar em 47% a nossa capacidade de acautelamento. É algo extraordinário pelas dificuldades que a gente vê que outros estados enfrentam”, destacou o secretário.
Pacto Nacional
Ao lado do vice-governador Alberto Pinto Coelho, Anastasia falou sobre a importância da parceria entre as diversas esferas de governo e destacou a necessidade de criação de um pacto nacional de combate à violência.
“Abordo a necessidade vigorosa, emergencial, de um grande pacto nacional de preferência ao combate à violência, a favor da segurança pública, com participação das três esferas de governo e da sociedade civil. Tenho certeza que este tema será muito discutido ao longo deste ano e nós temos de lançar holofote sobre ele, porque temos, especialmente em razão das drogas disseminadas hoje, um agravamento da situação da segurança pública em todo o Brasil”, afirmou o governador.
Primeiros Editais
Já na edição de amanhã, 12, do “Minas Gerais”, Diário Oficial do Estado, serão publicados os editais de licitação para as seis primeiras obras, envolvendo a construção de presídios em Itaúna e Poços de Caldas e a ampliação de unidades de Alfenas, Itajubá, Divinópolis e Montes Claros, com criação de 1.740 vagas e investimentos de R$ 58,6 milhões, sendo R$ 46,1 milhões do governo de Minas e o restante do governo federal. Os demais editais deverão ser publicados nos próximos 30 dias. O prazo de entrega será de dez meses após o início das obras.
O presídio de Itaúna, no Centro-Oeste mineiro, terá 306 vagas, com um investimento de R$ 9,8 milhões de recursos do governo de Minas, será construído em terreno de 30 mil m², doado pelo município.
O novo presídio de Poços de Caldas, no Sul de Minas, oferecerá 306 vagas, receberá investimentos da ordem de R$ 10,9 milhões do governo de Minas e será construído em área com o total de 50 mil m², doada pelo município, distante das residências, diferentemente de sua atual localização, próxima ao Centro do município (foto ao lado).
A ampliação do presídio de Alfenas, também no Sul do Estado, irá resultar em mais 306 vagas, com investimentos de R$ 10,3 milhões, sendo R$ 6,9 milhões do governo de Minas e R$ 3,4 milhões do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Ainda no Sul mineiro, a ampliação do presídio de Itajubá passará a contar com mais 306 vagas, um investimento de R$ 7,8 milhões, sendo R$ 4,4 milhões do governo de Minas e R$ 3,4 milhões via Depen.
Não diferente, a ampliação do presídio de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, oferecerá 306 novas vagas. Serão investidos R$ 10,4 milhões, sendo R$ 7 milhões de aporte do governo de Minas e R$ 3,4 milhões do Depen.
Já a ampliação do presídio de Montes Claros, no Norte de Minas, serão mais 210 novas vagas, com investimentos de R$ 9,4 milhões, sendo R$ 7,1 milhões do governo de Minas e R$ 2,3 milhões do Depen.
A expectativa é de que as primeiras obras comecem dentro de três meses e, a contar da data de início, sejam entregues em 10 meses.
Próximos Editais
Com um total de 3.745 novas vagas, os nove editais restantes serão lançados em até 30 dias e deverão ser investidos cerca de R$ 113 milhões. Serão construídos nove presídios nos municípios de Ubá (388 vagas), Iturama (388 vagas), Machado (388 vagas), Lavras (388 vagas), Pirapora (388 vagas), Barbacena (388 vagas), Esmeraldas (603 vagas), além de duas unidades femininas, uma em Pará de Minas e a outra em Uberlândia, com 407 vagas cada.
Até 2015, o Plano Mineiro vai ampliar o sistema prisional em 14.900 vagas – um incremento de 47% do total de vagas existentes atualmente (31.487). Isso porque, além das construções e ampliações anunciadas hoje, há ainda a entrega de três unidades do Complexo Penitenciário Público Privado (CPPP), em Ribeirão das Neves, construção de sete novas Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (Apacs) em Montes Claros, Itabirito, Tupaciguara, Barbacena e Manhumirim, Uberlândia e Alfenas, duplicações de quatro unidades prisionais (Unaí, Governador Valadares, Ipaba e José Maria Alckimin, em Ribeirão das Neves) e implantação de cerca de três mil tornozeleiras eletrônicas.
Fonte: com informações Agência Minas