PAA
permitiu que Pronaf
avançasse mais de 717% em dez anos. Nesse período, Governo Federal investiu R$
5,3 bilhões na compra de 4 milhões de toneladas de produtos da agricultura
familiar, beneficiando 388 mil famílias de produtores rurais em todo o País
“O
Programa
de Aquisição de Alimentos é fundamental para estimular a agricultura
familiar. A ideia de ter uma política de fomento e apoio ao setor, combinada
com a segurança alimentar no País, fez do PAA um grande programa de compras
públicas”, afirmou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe
Vargas, durante o seminário internacional, realizado em Brasília (DF), que
celebra os dez anos do Programa.
Segundo
ele, um conjunto de políticas públicas caminhou lado a lado com o PAA,
desenvolvendo o rural brasileiro. “Não há como dissociar o PAA de outras políticas.
O Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), por
exemplo, avançou mais de 717% em dez anos. Saímos de R$ 2,3 bilhões em
2002/2003, para R$ 18,6 bilhões. Não tínhamos a Política de Garantia de Preços
Mínimos (PGPM); retomamos uma política de Assistência Técnica e Extensão
Rural (Ater); levamos água e energia para uma grande parte dos
estabelecimentos rurais”, explicou.
Pepe
Vargas lembrou, ainda, que, devido ao avanço na comercialização da produção da
agricultura familiar, o Governo Federal criou outros instrumentos de apoio como
o Ater
Mais Gestão, que auxilia as cooperativas a se organizarem para a venda
nos mercados institucionais.
Resultados
Expressivos
Responsável
pela mudança de vida de milhares de agricultores familiares, o programa chegou
aos
dez anos com resultados expressivos. Nesse período, o Governo Federal
investiu R$ 5,3 bilhões para a compra de 4 milhões de toneladas de produtos da
agricultura familiar – um benefício para 388 mil famílias de produtores rurais
em todo o País.
A
ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello,
ressaltou, durante o seminário, o poder inovador que o PAA trouxe para o País.
“Nós não só ousamos na forma do programa, como inovamos em nossa meta. A maior
marca do PAA é a força de um governo transformador, com a sociedade
civil. O programa é uma inspiração para outras politicas tanto no Brasil quanto
no exterior. Ainda precisamos avançar nas compras de alimentos mais saudáveis,
na qualificação da oferta dos produtos. Mas cada conquista nossa é mais um
começo”, observou.
PAA
O
programa foi criado em 2003, na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, como um dos instrumentos para garantir a segurança alimentar do Brasil,
por meio do fornecimento de alimentos
para o programa Fome Zero. “Quando
criamos o PAA, queríamos que o pequeno produtor, ao colher o seu produto
mesmo com todas as dificuldades, tivesse um preço justo por seu trabalho”,
explicou o ex-presidente em mensagem ao público do evento.
Preço
justo que traz orgulho à produtora Luciene Maria da Silva Santos, do Assentamento
Dourada, localizado no município de Viçosa (AL), a 85 quilômetros da
capital de Alagoas, Maceió. “Vendendo para o programa, eu e os meus colegas
garantimos a comercialização dos nossos produtos e uma estabilidade financeira.
Se temos um contrato, um valor certo, sabemos que tem dinheiro por vir. Eu me
sinto mais segura hoje, tenho orgulho de ser agricultora. Gosto quando nos
reunimos para entregar a produção. Mais satisfatório ainda é quando a gente faz
as entregas nas escolas, nas creches. É o nosso trabalho sendo reconhecido”,
contou.
Para
o dirigente do Movimento dos Pequenos Agricultores, Frei Sérgio, “o PAA
cria condições para a inclusão de quem produz e quem consome e proporciona uma
prática de aprendizado tanto para o campesinato, quanto para as suas
organizações”.
Estoques
Os
alimentos adquiridos pelo programa são destinados à formação de estoques
estratégicos ou ao atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade
econômica e social. Anualmente, mais de 23 mil entidades sócio-assistenciais
são atendidas pelo programa. O PAA é executado com recursos do MDS
e MDA
e tem a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) como seu principal
operador.
A
experiência brasileira do programa vem sendo adaptada em outros continentes. Na
África, o PAA está presente em cinco países: Etiópia, Níger, Moçambique,
Malauí e Senegal. Desde 2012, o PAA África alimentou 125 mil
estudantes com a produção de mais de 5 mil agricultores. Na América Latina e
Caribe, está sendo adaptado em dez países: Antígua e Barbuda, Bolívia,
Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Paraguai e Peru.
Seminário
O
Seminário
Internacional PAA + Aquisição de Alimentos no Ano Internacional da Agricultura
Familiar, conta com a participação de delegações de oito países da
América Latina e cinco da África. Entre os temas abordados neste evento, “O
PAA como Referência Internacional” e o “PAA e a Agricultura Familiar na
Promoção da Alimentação Saudável e da Segurança Alimentar”.
Fonte: ACS MDA
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