O documentário “1964 Um Golpe Contra o Brasil”, formado
pela série de 10 vídeos, produzido pela Rede
TVT (TV dos Trabalhadores), Núcleo de Preservação da Memória Política
e apoio do governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria da Cultura,
aborda a conjuntura nacional desde 1960 até o golpe civil-militar de 31 de
março de 1964. Quais os interesses, os protagonistas e os fatos que culminaram
na ação militar que implantou a ditadura no Brasil.
Este trabalho é
dedicado ao ex-presidente João Goulart (Jango) – 1918/1976, deposto pelo
golpe civil-militar de 31 de março de 1964, e à cantora e musicista brasileira Nara
Leão – 1942/1989, “cujo trabalho sintetiza o melhor da música
brasileira do seu tempo”.
Durante o governo do presidente João
Goulart, o salário-mínimo equivaleria, em 2013, quando o documentário “1964 Um Golpe Contra o Brasil” foi
produzido, a cerca de R$ 2.600,00 (dois mil e seiscentos reais).
A aplicação das Reformas de Base, tal
qual era pretendida pelo governo Jango, e seu vigor até os dias atuais, evitaria
que a Educação fosse privatizada e a sociedade teria garantia ao ensino público
universal, gratuito e de boa qualidade em todos os níveis.
A Reforma Agrária proposta por Goulart
tinha a tendência de se evitar o êxodo rural. Pelo programa, hoje, a tendência
era não haver camponeses sem terra e sem trabalho e, portanto, não se teria
criado os cinturões de miséria envolta das grandes cidades. Haveria alimentação
boa e barata para as famílias brasileiras.
Dentre as metas e
ações de governo do presidente João Goulart, se houvesse vigido a Lei de
Controle da Remessa dos Lucros das empresas estrangeiras para as suas sedes no
exterior, por certo o Brasil evitaria e “não sangraria ‘zilhões’ de dólares ao
final de cada ano”. Ainda, o reinvestimento de parte desse dinheiro no próprio
Brasil, geraria milhares, e até milhões de novos empregos.
Outro aspecto que
deixou reflexos diz respeito à ausência de investimentos em pesquisas e
desenvolvimento tecnológico compatível com o desenvolvimento social. Tendo
ocorrido isso, conforme era proposto pelas Reformas de Base de Jango, o Brasil
não estaria pagando, ou tido pago, fortunas ao capital internacional pela
compra de novas tecnologias, e a mudança das ferramentas de produção não teria
levado a classe trabalhadora e o povo brasileiro ao desemprego e à miséria nas
décadas de 1980 e 1990.
NÓS SOBREVIVEMOS AO PAU-DE-ARARA...
MAS O PAU-DE-ARARA TAMBÉM SOBREVIVEU...
Essa
história não pode se repetir...
Veja, abaixo, o link para assistir aos
vídeos que compõem o documentário “1964 Um Golpe Contra o Brasil”:
Conheça as músicas de Nara Leão, como “Menina de Hiroshima”, “Sina
de Caboclo”, “Marcha da Quarta-Feira de Cinzas”, “Manhã de Liberdade” e “Faz
Escuro Mas Eu Canto”, através do endereço www.naraleao.com.br.
(**) Jacob
Gorender - conforme descrito na Wikipédia - (Salvador, 20 de janeiro
de 1923 — São Paulo, 11 de junho de 2013)
foi um dos mais importantes historiadores marxistas
brasileiros. Jovem, lutou na Segunda Guerra
Mundial, na Itália, como integrante da Força
Expedicionária Brasileira. Foi militante do Partido
Comunista Brasileiro (PCB),
do qual saiu nos anos 60, para participar da fundação do Partido
Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR).
Foi preso, quando do Regime Militar. Entre seus trabalhos se destacam: “A
burguesia brasileira”, de 1981, e “Combates nas trevas”, de 1987.
Sua principal obra foi a tese "O
Escravismo Colonial",
de 1978, de caráter revolucionário, na medida em que supera o debate sobre o
caráter do passado do Brasil – feudalismo e capitalismo. Naquela obra,
apresenta teoria para a compreensão da história colonial e imperial brasileira
baseado na apresentação de modo de produção historicamente novo, a saber, o
escravismo colonial.
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