sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

SIMULADOR DE DIREÇÃO: A OBRIGATORIEDADE DO USO AGORA É OFICIAL

SIPROCFC-MG defende que simulador não veio em boa hora, mas é o primeiro passo para o avanço tecnológico em prol da melhoria da formação no trânsito e, já que uso agora é oficial, propõe a criação de centros de simulação para diminuir impacto financeiro nos CFCs
Diante da obrigatoriedade do uso de simuladores de direção na infraestrutura de ensino básico dos Centros de Formação de Condutores (CFCs) de todo o país, o Sindicato dos Proprietários de Centro de Formação de Condutores de Minas Gerais (SIPROCFC-MG) reforça a opinião de que o simulador não é a prioridade e nem a solução para resolver as questões da formação de condutores e os altos índices de acidentes, mas entende que é uma ferramenta importante e que é o primeiro passo para o avanço tecnológico em prol da melhoria da formação no trânsito. Como já colocado, inclusive na audiência pública sobre o tema, realizada em dezembro, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o SIPROCFC-MG acredita que o problema foi a forma como a utilização do simulador foi colocada. A resolução foi imposta, e não debatida com a classe.
Para o presidente do SIPROCFC-MG, Rodrigo Fabiano da Silva, foram observados apenas os aspectos tecnológicos e, em nenhum momento, houve um estudo pedagógico do equipamento. “Antes de pensarmos em simulador, deveria haver uma verdadeira revolução no processo de habilitação. Teria que ter mudanças no conteúdo programático, no modelo de exame, aumento na carga horária e mais autonomia para os profissionais do CFCs,” declarou. Diante da imposição do simulador, o SIPROCFC-MG trabalhou em duas frentes: tentar prorrogar a obrigatoriedade da implantação do equipamento e tentar encontrar soluções para a nova regra.
Na Portaria n.º 1604/13, publicada pelo Detran-MG no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais, no último dia 28, uma das principais reivindicações do SIPROCFC-MG foi atendida. É a possibilidade do uso compartilhado do simulador fora da sede do CFC, tendo em vista o alto custo da aquisição de um simulador (cerca de R$ 39 mil cada). Para isso, o sindicato vem trabalhando para que sejam montados centros de simulação nas cidades do Estado onde houver demanda. “Todas as empresas serão atendidas. Haverá solução para os CFCs localizados em cidades menores também. Para isso, já estou enviando hoje mesmo (03/01/14) um ofício ao Detran-MG, pedindo mais esclarecimentos sobre a Portaria”, declarou Rodrigo.
A ideia é que cada CFC faça a gestão de seus alunos através de um site e que paguem apenas pelas aulas utilizadas, e não pelo aparelho. Isso diminuirá consideravelmente o impacto financeiro nos CFCs, já que o sistema de comodato permitirá que a empresa fabricante dos simuladores forneça o equipamento e os CFCs paguem apenas o que utilizarem em número de aulas. Para os municípios pequenos, a ideia é ter um simulador móvel, que percorra as cidades por um ou dois dias. Assim, ninguém vai ter que se deslocar e aumentar ainda mais os custos.
Os CFCs terão alguns meses para instalar o aparelho, já que o que conta é a obrigatoriedade das aulas no simulador para a emissão da CNH e não a presença da máquina dentro da autoescola já a partir de agora.

Fonte: SIPROCFC-MG

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