SIPROCFC-MG
defende que simulador não veio em boa hora, mas é o primeiro passo para o
avanço tecnológico em prol da melhoria da formação no trânsito e, já que uso
agora é oficial, propõe a criação de centros de simulação para diminuir impacto
financeiro nos CFCs
Diante da obrigatoriedade do uso de simuladores de
direção na infraestrutura de ensino básico dos Centros de Formação
de Condutores (CFCs) de todo o país,
o Sindicato dos Proprietários de Centro de Formação de
Condutores de Minas Gerais (SIPROCFC-MG) reforça a opinião
de que o simulador não é a prioridade e nem a solução para resolver as questões
da formação de condutores e os altos índices de acidentes, mas entende que é
uma ferramenta importante e que é o primeiro passo para o avanço tecnológico em
prol da melhoria da formação no trânsito. Como já colocado, inclusive na audiência
pública sobre o tema, realizada em dezembro, na Assembleia
Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o SIPROCFC-MG acredita que o problema foi a
forma como a utilização do simulador foi colocada. A resolução foi imposta, e
não debatida com a classe.
Para o presidente do SIPROCFC-MG,
Rodrigo Fabiano da Silva, foram observados apenas os aspectos tecnológicos e,
em nenhum momento, houve um estudo pedagógico do equipamento. “Antes de
pensarmos em simulador, deveria haver uma verdadeira revolução no processo de
habilitação. Teria que ter mudanças no conteúdo programático, no modelo de
exame, aumento na carga horária e mais autonomia para os profissionais do
CFCs,” declarou. Diante da imposição do simulador, o SIPROCFC-MG trabalhou em
duas frentes: tentar prorrogar a obrigatoriedade da implantação do equipamento
e tentar encontrar soluções para a nova regra.
Na Portaria n.º 1604/13,
publicada pelo Detran-MG no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais, no último
dia 28, uma das principais reivindicações do SIPROCFC-MG foi atendida. É a
possibilidade do uso compartilhado do simulador fora da sede do CFC, tendo em
vista o alto custo da aquisição de um simulador (cerca de R$ 39 mil
cada). Para isso, o sindicato vem trabalhando para que sejam montados
centros de simulação nas cidades do Estado onde houver demanda. “Todas as
empresas serão atendidas. Haverá solução para os CFCs localizados em cidades
menores também. Para isso, já estou enviando hoje mesmo (03/01/14) um ofício ao
Detran-MG, pedindo mais esclarecimentos sobre a Portaria”, declarou Rodrigo.
A ideia é que cada CFC faça a gestão de seus alunos
através de um site e que paguem apenas pelas aulas utilizadas, e não pelo
aparelho. Isso diminuirá consideravelmente o impacto financeiro nos CFCs, já
que o sistema de comodato permitirá que a empresa fabricante dos simuladores
forneça o equipamento e os CFCs paguem apenas o que utilizarem em número de
aulas. Para os municípios pequenos, a ideia é ter um simulador móvel, que
percorra as cidades por um ou dois dias. Assim, ninguém vai ter que se deslocar
e aumentar ainda mais os custos.
Os CFCs terão alguns meses para instalar o
aparelho, já que o que conta é a obrigatoriedade das aulas no simulador para a
emissão da CNH e não a presença da máquina dentro da autoescola já a partir de
agora.
Fonte:
SIPROCFC-MG
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