Murais
do túmulo de 33 séculos podem esconder duas portas de existência antes
insuspeitada
Uma
comissão de especialistas no Egito autorizou a sondagem da tumba de Tutancâmon
com um radar com o objetivo de verificar a teoria de um arqueólogo britânico
segundo a qual a rainha Nefertiti estaria enterrada numa câmara secreta da
mesma tumba, anunciou na última quinta-feira, 22. o governo egípcio.
Os
egiptólogos nunca conseguiram encontrar a múmia da rainha de beleza lendária,
que exerceu um papel político e religioso fundamental no século XIV do período
pré-cristão.
Como
requer o procedimento, um comitê de especialistas do Departamento de
Antiguidades egípcio concordou em investigar as paredes da tumba do faraó
Tutancâmon usando radares sofisticados, disse à AFP a porta-voz do ministério,
Mouchira Moussa.
O
túmulo de Tutancâmon está localizado no Vale dos Reis, perto de Luxor, no sul
do Egito.
"Nós
ainda estamos aguardando as autorizações de segurança", explicou Moussa,
afirmando que os testes podem ocorrer "durante o mês de novembro".
A
exploração com radar permitirá a verificação da teoria do arqueólogo britânico
Nicholas Reeves, que acredita que os murais do túmulo de 33 séculos podem
esconder duas portas de existência antes insuspeitada.
De
acordo com o egiptólogo, uma dessas duas portas poderia levar à "câmara
funerária intacta da proprietária original do túmulo – Nefertiti".
A
outra levaria a "uma sala de armazenamento não explorada", que
"dataria aparentemente" da era de Tutancâmon. O faraó morreu aos 19
anos, em 1324 do período pré-cristão, após um curto reinado de nove anos.
Nefertiti
foi esposa do faraó Akhenáton, que converteu temporariamente o Egito antigo ao
monoteísmo ao impor o culto exclusivo do deus sol, Áton.
No
final de setembro, Reeves efetuou uma visita de campo em Luxor para defender
sua teoria diante das autoridades egípcias.
Após
a visita, o ministro das Antiguidades, Mamdouh al-Damati, disse estar diante da
"descoberta do século".
Mas
as autoridades egípcias acreditam que é mais provável descobrir a tumba de
Kiya, outra esposa de Akhenaton, da filha do faraó ou de um membro da família
real.
Ao
contrário de outros túmulos de faraós que foram quase todos saqueados ao longo
dos milênios, o mausoléu de Tutancâmon, descoberto em 1922 pelo arqueólogo
britânico Howard Carter, abrigou intacto mais de 5.000 objetos, de 3.300 anos
de idade, muitos em ouro maciço.
Fonte: AFP
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Prezados (as), reservo-me ao direito de moderar todos os comentários. Assim, os que me chegarem de forma anônima poderão não ser publicados e, desta forma, tão menos respondidos. Grato pela compreensão, espero contribuir, de alguma forma, com as postagens neste espaço.