O comissário de Direitos Humanos europeu, Thomas Hammarberg, se mostrou, esta semana, favorável a "um sistema de autorregulação" dos meios de comunicação a partir de um código de ética estabelecido pela profissão para evitar abusos.
Hammarberg ressaltou também que os Governos devem impor as regras e censuras.
Segundo artigo publicado pelo comissário, uma autorregulação permitiria lidar melhor com "comportamentos irresponsáveis e que desrespeitem a vida privada", como os que ocorreram no Reino Unido com as escutas telefônicas feitas pelas empresas de Rupert Murdoch, presidente do conglomerado de comunicação News Corporation.
"O problema se agrava em um cenário midiático em plena transformação", no qual a crise afetou muitos veículos de comunicação, que reduziram seu orçamento e os meios de fazer investigação, mas também pela "emergência de uma nova forma de jornalismo", a praticada pelos blogs, Twitter e YouTube, argumentou.
Para o comissário europeu, neste contexto, "o termo jornalismo ético" faz sentido, já que "o trabalho dos repórteres e dos redatores não consiste em divulgar interesses particulares", mas buscar e informar a verdade sem ceder às pressões, seja a pressão dos proprietários dos veículos de comunicação, do mundo dos negócios ou das forças políticas.
Neste cenário, Hammarberg considerou que os governos "deveriam proteger a liberdade e o pluralismo dos meios de comunicação e se abster de qualquer regulamentação que também atente contra a liberdade de expressão na internet".
(*) Com informação Terra e EFE
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