Instituto Emílio Ribas, na capital paulista, trabalha junto com o FDA americano. Meta é substituir o interferon, medicamento com efeitos colaterais.
São Paulo, SP - O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, na região Sudeste do Brasil, está testando novas drogas para o tratamento da hepatite C em parceria com o órgão governamental responsável pelo controle de remédios e alimentos nos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês).
Segundo os médicos do Emílio Ribas, o tratamento atual alcança uma média de 50% de cura nos pacientes, sendo que portadores de hepatite C de genótipo 1 apresentam, no máximo, 40% de chances de se verem livres da doença.
Agora, os especialistas acreditam que duas drogas já em uso nos EUA e na Europa(telaprevir e boceprevir) e que foram aprovadas recentemente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) podem revolucionar o combate à hepatite C. O medicamento pode chegar ao Sistema Único de Saúde (SUS) já no segundo semestre de 2012.
Em testes, os dois remédios apresentaram taxa de cura de 75% em pacientes não tratados, e de até 88% em pessoas que já haviam sido tratadas com os métodos tradicionais.
No Emílio Ribas, de nove pacientes que receberam telaprevir junto com outras duas drogas já usadas normalmente para combater a hepatite C, oito apresentaram cura total da doença, segundo o infectologista Roberto Focaccia, responsável pelos estudos.
Segundo o médico, até mesmo o tempo de tratamento diminuiu. A equipe do Grupo de Hepatites do hospital estadual também avalia clinicamente uma droga conhecida como alispolivir, que interfere diretamente nas células do fígado e consegue ser eficiente para todos os genótipos do vírus da hepatite C.Outro teste com um remédio que inibe a enzima polimerase chegou a alcançar 100% de cura em voluntários. As pesquisas têm como objetivo substituir o interferon, droga atualmente usada no combate à doença e com efeitos colaterias parecidos aos de medicamentos quimioterápicos.
Na imagem ao lado é observado o mapa de distribuição da Hepatite C no mundo, conforme divulgado pela Anvisa com base em investigação feita pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
(*) Com informação G1
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