quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Hospital paulista testa drogas contra hepatite em parceria com os EUA

Instituto Emílio Ribas, na capital paulista, trabalha junto com o FDA americano. Meta é substituir o interferon, medicamento com efeitos colaterais.

São Paulo, SP - O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, na região Sudeste do Brasil, está testando novas drogas para o tratamento da hepatite C em parceria com o órgão governamental responsável pelo controle de remédios e alimentos nos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês).
Segundo os médicos do Emílio Ribas, o tratamento atual alcança uma média de 50% de cura nos pacientes, sendo que portadores de hepatite C de genótipo 1 apresentam, no máximo, 40% de chances de se verem livres da doença.
Agora, os especialistas acreditam que duas drogas já em uso nos EUA e na Europa
(telaprevir e boceprevir) e que foram aprovadas recentemente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) podem revolucionar o combate à hepatite C. O medicamento pode chegar ao Sistema Único de Saúde (SUS) já no segundo semestre de 2012.
Em testes, os dois remédios apresentaram taxa de cura de 75% em pacientes não tratados, e de até 88% em pessoas que já haviam sido tratadas com os métodos tradicionais.
No Emílio Ribas, de nove pacientes que receberam telaprevir junto com outras duas drogas já usadas normalmente para combater a hepatite C, oito apresentaram cura total da doença, segundo o infectologista Roberto Focaccia, responsável pelos estudos.
Segundo o médico, até mesmo o tempo de tratamento diminuiu. A equipe do Grupo de Hepatites do hospital estadual também avalia clinicamente uma droga conhecida como alispolivir, que interfere diretamente nas células do fígado e consegue ser eficiente para todos os genótipos do vírus da hepatite C.
Outro teste com um remédio que inibe a enzima polimerase chegou a alcançar 100% de cura em voluntários. As pesquisas têm como objetivo substituir o interferon, droga atualmente usada no combate à doença e com efeitos colaterias parecidos aos de medicamentos quimioterápicos.
Na imagem ao lado é observado o mapa de distribuição da Hepatite C no mundo, conforme divulgado pela Anvisa com base em investigação feita pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

(*) Com informação G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Prezados (as), reservo-me ao direito de moderar todos os comentários. Assim, os que me chegarem de forma anônima poderão não ser publicados e, desta forma, tão menos respondidos. Grato pela compreensão, espero contribuir, de alguma forma, com as postagens neste espaço.