Prostituta colombiana contou como agente lhe pagou bebidas, levou-a para o quarto e expulsou-a quando ela pediu mais do que US$ 30
Um agente do Serviço Secreto responsável pelos preparativos para a chegada do presidente americano, Barack Obama, para uma reunião de cúpula internacional e uma mãe solteira da Colômbia que ganha a vida como acompanhante de luxo tiveram um desentendimento em um quarto do Hotel Caribe [foto] na semana passada.
Aparentemente, os dois discordaram a respeito do quanto ele devia por serviçosprestados por ela na noite anterior. “Eu disse a ele: ‘Baby, cadê o meu dinheiro?’”, explicou a mulher em seus primeiros comentários públicos sobre uma briga que rapidamente se tornou um escândalo de grandes proporções.
A disputa aconteceu depois que o agente ofereceu US$ 30 para a mulher por serviços que ela disse custar 25 vezes mais. O desentendimento envolveu a acompanhante de luxo, outra mulher do ramo, policiais colombianos e agentes federais americanos e aconteceu no início da manhã no corredor do luxuoso hotel. Os agentes até tentaram, mas não conseguiram manter o assunto – que abalou a reputação do serviço secreto – em sigilo.
Sentada em um sofá em sua sala de estar, vestindo uma saia jeans curta, salto alto e um top apertado e decotado, a mulher descreveu como ela e uma amiga foram abordadas por um grupo de homens americanos em uma discoteca. Ela contou seu lado da história, que contrastou com a versão oficial dos eventos relatada em Washington. Segundo ela, os homens compraram uma garrafa de vodca Absolut para a mesa em que ela estava sentada e quando acabaram com essa garrafa, compraram uma segunda.
“Eles nunca me disseram que trabalhavam para Obama”, disse ela. “Eles foram muito discretos”.
Um motorista de táxi que pegou a mulher no Hotel Caribe na manhã após o encontro disse ter ouvido ela e outra mulher discutir com os agentes a respeito de seu pagamento. Quando abordada pelo New York Times, a mulher relutou em falar sobre o acontecido. Conforme ela contava sua história, visivelmente nervosa, uma amiga completava com detalhes que pareciam incrementar ainda mais a veracidade de seu ponto de vista.
Aparentemente, houve uma grande falta de comunicação entre a mulher de 24 anos de idade, que não quis informar seu nome completo, e o americano que ficou sentado ao lado dela durante toda a noite e que a convidou para seu quarto. Ela concordou, parou no caminho para comprar preservativos, mas disse que ele teria de lhe comprar um presente. Ele perguntou quanto. Não sabendo que ele trabalhava para Obama, mas imaginando se tratar de um estrangeiro com bastante dinheiro, ela disse que US$ 800.
Nível
O preço, ela disse, já indicava que ela era uma acompanhante de luxo e não uma prostituta. “Eu tenho formação superior”, disse ela. “Uma acompanhante é alguém que um homem pode levar para jantar fora. Nós, normalmente, nos vestimos bem, usamos maquiagem de bom gosto, falamos e agimos como damas. Eu pelo menos sou assim.”
Por volta das 6h30 da manhã seguinte, depois de ser acordada por um telefonema da recepção do hotel lembrando-a que, pelas regras do estabelecimento para prostitutas, ela tinha de ir embora, qualquer que tivesse sido o combinado pelos dois acabou sendo ignorado. Ela lembrou que o homem lhe disse que havia bebido demais quando discutiram o preço. Ele respondeu com uma oferta de 50 mil pesos, equivalente a cerca de US$ 30.
Indignada com uma oferta tão baixa, ela insistiu em discutir o assunto. Ele ficou irritado, mandou-a para fora do quarto e a xingou, ela disse.
Ela contou que começou a chorar e atravessou o saguão do hotel, onde encontrou uma outra acompanhante que havia passado a noite com outro americano do mesmo grupo. Ambas as mulheres começaram a tentar obter seu pagamento.
Elas bateram à porta, mas não obtiveram resposta. Ela ameaçou chamar a polícia, mas o amigo do homem implorou para que não o fizesse, dizendo que não queriam problemas. Finalmente ela disse que foi embora para sua casa, mas que se deparou com um policial no corredor do hotel, que chamou um de seus colegas fluente em inglês.
Ele a acompanhou de volta para o quarto e a ajudou na discussão com os homens. Dois outros americanos do grupo saíram de seus quartos e montaram guarda na frente da porta trancada. Os dois oficiais colombianos tentaram argumentar o caso da mulher.
Um oficial de segurança do hotel chegou. Eventualmente, ela baixou a demanda para US$ 250, que ela disse ser valor que precisava pagar ao homem que a ajuda a encontrar seus clientes. Ansiosos para resolver essa questão rapidamente, os americanos lhe deram alguns dólares e dinheiro local que equivaliam a cerca de US$ 225 e então ela foi embora.
Ele descobriu apenas dias depois que o homem era um agente do Serviço Secreto americano. Ela se disse indignada com a maneira como os noticiários e jornais a descreveram como prostituta, como se ela andasse pelas ruas pegando qualquer cliente.
“É quase a mesma coisa, mas é diferente”, explicou, indicando que é muito mais seletiva na hora de escolher seus clientes e cobra muito mais do que uma prostituta. “É como quando você compra uma bebida de luxo ou um Black Berry ou um iPhone. Todos eles têm um preço diferente.”
A mulher oscilava entre sentir raiva e medo à medida que falava sobre sua desventura. “Estou com medo”, disse ela, indicando que não queria que o homem, com o qual passou a noite, tivesse qualquer tipo de problema em seu trabalho. Mas ao mesmo tempo ela sente medo de que ele queira se vingar.
(*) Com informação iG e The New York Times
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