As autoridades portuguesas não contam com nenhum elemento novo que permita determinar a reabertura da investigação sobre o desaparecimento, em 2007, da menina britânica Madeleine McCann durante férias em Portugal, conforme afirmado à AFP por funcionário da Polícia Judicial (PJ). “Até o momento, não há elementos novos que permitam reabrir a investigação”, declarou Pedro do Carmo, diretor-nacional adjunto da PJ.
Uma equipe de investigadores portugueses segue reexaminando o caso, em colaboração com policiais britânicos, acrescentou. Cinco anos depois do desaparecimento da menina, a polícia britânica declarou, na ontem, 25, que existiria uma possibilidade de Madeleine McCann estar viva e convocou as autoridades portuguesas a reabrir o caso.
“Acreditamos, sinceramente, que existe uma possibilidade de que ela estejaviva”, declarou Andy Redwood, da Divisão de Homicídios e Crimes Graves da Scotland Yard [foto] em um rápido encontro com a imprensa, durante o qual divulgou uma foto alterada por computador que mostra o provável aspecto da menina, hoje com quase nove anos. Redwood disse ainda que, numa estimativa conservadora, a equipe de investigação reuniu 40 mil evidências que totalizam cerca de 100 mil páginas de processo. Os investigadores mostraram o que, aparentemente, são “lacunas” na linha do tempo estabelecida pelos médicos forenses, indicando existir oportunidades para que Madeleine tenha sido raptada.
A polícia aproveitou a ocasião para difundir a foto criada por computador paramostrar como a pequena Maddie [foto], que, no próximo dia 12 de maio, faria nove anos, seria agora e também voltou a pedir a cooperação dos cidadãos para fornecer qualquer informação que possa contribuir para a investigação. “Acreditamos que é a única maneira que podemos estabelecer adequadamente o que aconteceu com Madeleine McCann e, em última instância, fechar o caso com uma solução”, concluiu Redwood.
Segundo a polícia britânica, os colegas portugueses também desejam uma reabertura do caso, mas a decisão corresponde à Justiça do país. A pequena Maddie desapareceu na noite de três de maio de 2007, poucos dias antes de seu quarto aniversário, em seu apartamento de um complexo turístico da Praia da Luz (Algarve, Sul), onde seus pais a colocaram para dormir antes de ir jantar em um local próximo com amigos.
O caso foi investigado durante 14 meses e fechado sem nenhum resultado emPortugal. Mas os pais da pequena Maddie, Gerry e Kate McCann [foto], convencidos de que a mais velha de seus três filhos foi sequestrada, pressionaram para que o governo britânico pedisse à polícia, em maio de 2011, uma revisão dos diferentes elementos recompilados ao longo da investigação.
A família McCaan ficou encorajada depois da revisão feita pela Scotland Yard, segundo seu porta-voz Clarence Mitchell. “Eles tiraram uma grande força de todo este processo. Eles sentem que, finalmente, um procedimento adequado de investigação está para ser aplicado à investigação”, afirmou acrescentando que “a resposta está em algum ponto de toda essa montanha de informações”.
(*) Com informação AFP
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