quinta-feira, 21 de abril de 2011

Japão cria zona proibida em Fukushima

O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, anunciou nesta quinta-feira, 21, que há uma zona de entrada proibida em um raio de 20 quilômetros em torno da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do país. Quem desobedecer à decisão será multado. A medida foi tomada para evitar o agravamento da situação do vazamento de radiação que ocorre desde o terremoto seguido de tsunami, de 11 de março, e casos de saques nas residências e prédios abandonados.
"Decidimos hoje [21] designar a área como de emergência, com base na Lei de Desastres", afirmou o secretário-chefe do gabinete, Yukio Edano. "A usina não está estabilizada e nós temos pedido aos moradores para que não entrem na área por causa do grande risco para a segurança deles", disse Edano.
A polícia do Japão encontrou cerca de 60 famílias vivendo na área de evacuação. As autoridades querem ter um controle maior da entrada de pessoas na região e também evitar saques. Quem quiser voltar para buscar pertences terá agora de ter uma autorização especial para entrar rapidamente na zona de controle.
Os moradores próximos da usina foram instruídos a deixar suas casas após o terremoto seguido de tsunami. Os desastres naturais causaram uma série de problemas na usina, que perdeu o sistema de resfriamento dos reatores. Materiais radioativos vazaram para o meio ambiente.
Cerca de 80 mil moradores tiveram que deixar suas residências e atualmente estão abrigados em ginásios e instalações públicas. A espera para poder voltar às suas casas deverá ser longa, já que a Tokyo Electric Power (Tepco), empresa que administra a usina, calcula que serão ainda necessários cerca de três meses para reduzir a radioatividade e entre seis a nove meses para ter o controle total dos reatores.
Atualmente, os técnicos na usina estão se preparando para retirar água com alto nível de contaminação do subsolo das instalações e assim começar o trabalho de reparação dos sistemas de resfriamento dos reatores.
A Tepco disse hoje que as substâncias radioativas liberadas no mar durante mais de seis dias são estimadas em 5 mil terabecqueréis, ou seja, 20 mil vezes mais do que o limite anual permitido.
Fonte: DCI

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