Vereadores de SP querem espaço na direção que decidirá eleição em 2012.
Gilberto Natalini afirma que grupo está no limite e pode sair do partido.
Roney Domingos
Do G1 SP
Sentindo-se marginalizados no processo de sucessão no diretório municipal do PSDB de São Paulo, vereadores da bancada paulistana do partido devem se reunir na tarde desta segunda-feira (18) para estudar o que fazer caso sejam novamente preteridos na próxima discussão em torno da sucessão interna. Eles querem espaço no grupo que vai influenciar escolha de candidatos a prefeito e vereador em 2012. "Estamos na última tampa. Não suportamos mais a perseguição", disse o vereador Gilberto Natalini. Ele afirma que alguns dos 13 vereadores já falam em deixar o PSDB. "Não são nem um e nem dois e também não vamos para o partido do Kassab", afirmou.
Secretário de Alckmin vence eleição para o diretório do PSDB em SP
No domingo (10) os integrantes elegeram o atual secretário estadual de Gestão, Júlio Semeghini, fiel ao governador Geraldo Alckmin, para a presidência do partido. A bancada de vereadores abandonou a reunião argumentando que não foi atendida a reivindicação para que ficasse com a secretaria-geral. Uma nova tentativa de acordo foi feita na quinta-feira (15), sem sucesso.
Na quinta-feira, os vereadores estavam confiantes na possibilidade de acordo, com a cessão de espaço para três parlamentares paulistanos na secretaria-geral, na primeira tesouraria e de um vogal, mas a reunião terminou sem acordo.
Semeghini foi aliado do governador Geraldo Alckmin quando ele enfrentou resistência dentro do PSDB a seu nome como candidato do partido à Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2008. Na época, parte dos vereadores apoiou o então candidato do DEM, Gilberto Kassab. Semeghini ocupa o lugar do atual presidente do PSDB de SP, José Henrique Reis Lobo.
Em entrevista à Rádio CBN na manhã desta segunda-feira (18) (ouça aqui), Semeghini negou que haja uma crise no PSDB. Ele acredita que será possível manter no partido a maioria dos 13 vereadores tucanos e, assim, evitar uma saída em massa para o PSD, partido criado por Kassab.
“As lideranças trabalham para evitar que qualquer vereador saia do PSDB para qualquer outro partido. Estamos num processo delicado, da composição do diretório municipal (...) É importante que a gente consiga fazer essa articulação para segurá-los. O PSDB está muito unido para tentar segurá-los e construir um diretório novo e forte para disputar as próximas eleições”, disse Semeghini.
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