(Imagem: reprodução internet) |
Após
desativar o Facebook, pessoas reduziram atividades on-line e aumentaram as
off-line, como assistir TV ou passar tempo com família e amigos
Economistas norte-americanos
investigaram quanto eles teriam que pagar a usuários do Facebook para que
desativassem o aplicativo por um ou dois meses. Acontece que a equipe também
descobriu que as pessoas ficaram mais felizes após desativar o Facebook como
parte do experimento.
Os
resultados foram publicados em novembro do ano passado. Para o estudo, os
participantes desativaram o aplicativo durante as quatro semanas que precederam
as eleições de 2018 nos Estados Unidos.
As mídias sociais provocam
impactos consideráveis e o Facebook tinha 2,45 bilhões de usuários ativos
mensalmente no mundo, de acordo com dados do final de 2019 da própria companhia.
De
acordo com o artigo, o crescente espaço ocupado por mídias sociais provocou
tanto otimismo, devido a potenciais benefícios, quanto preocupação com relação
a possíveis danos como vício, depressão e polarização política.
Após
desativar o Facebook as pessoas reduziram as atividades on-line e aumentaram as
off-line, como assistir televisão ou passar tempo com família e amigos. Também
houve redução no conhecimento de notícias factuais e polarização política e
aumento na percepção de bem-estar. Ainda, ocorreu grande redução no uso do
aplicativo após o experimento.
Além
de ficarem mais felizes depois de desativar a mídia social, as pessoas
relataram níveis mais altos de satisfação e níveis mais baixos de depressão e
ansiedade. Embora modesta, a mudança foi significativa: entre 25% e 40% do
efeito positivo tipicamente relatado para psicoterapia.
Persistência
Uma
possível explicação para as pessoas continuarem usando algo que reduz a
felicidade delas, é que as mídias sociais agem como uma droga viciante. Mas
outra possibilidade é de que elas usem esses serviços por serem compelidas por
outras motivações, que não a busca pela felicidade.
Cerca
de 80% dos participantes concordou que desativar o Facebook foi bom para eles,
mas também foram mais propensos, do que o grupo de controle, a pensar que as
pessoas sentiriam falta da mídia social se elas a usassem menos.
Os pesquisadores consideram
que os resultados devem ser interpretados com cuidado, por diversos motivos. Os
efeitos podem ser diferentes dependendo da duração, período e escala de
desativação. Muitos dos resultados são autorreferenciados, o que pode
interferir também nos resultados.
Além
disso, a amostra não é totalmente representativa, uma vez que os participantes
não têm as características mais comuns entre usuários do Facebook, de acordo
com os autores.
Mesmo
depois de passar um tempo sem usar o Facebook, as pessoas continuam vendo
benefícios em manter a mídia social. Os participantes ainda consideram que o
Facebook pode melhorar a vida das pessoas seja como fonte de entretenimento,
meio para organizar uma instituição de caridade, ou representa vida social para
aqueles que estariam isolados de outra forma.
Os
autores do artigo consideram que qualquer discussão sobre mídias sociais não
deve desconsiderar o fato de que elas preenchem algumas necessidades, apesar
dos lados negativos. [Stanford, Boing Boing, Bloomberg, Facebook]
Fonte: Hypescience
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