(foto: Arquivo Agência Brasil) |
Abinee diz que produção não será prejudicada no
trimestre
Sondagem da Associação
Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) verificou que 57% do
setor eletroeletrônico já lida com a falta de peças importadas da China que são
necessárias para a montagem de produtos. O que tem provocado o desabastecimento,
segundo a associação, é a paralisação da produção dos artigos, em razão do
surto do coronavírus, considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma
Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.
Segundo a Abinee, quem mais
tem tido dificuldades para encontrar materiais, insumos e componentes são os
fabricantes de celulares, computadores e demais produtos de tecnologia da
informação (TI).
A Abinee ouviu cerca de 50
industriais, que apontaram o problema com mais ênfase do que no levantamento
anterior, elaborado duas semanas antes, com o índice de 52% subindo cinco
pontos percentuais.
A entidade esclarece que quase
metade dos itens, 42%, é conseguida com fornecedores da China. Somente em 2019,
o volume exportado do país asiático para o Brasil totalizou US$ 7,5 bilhões.
Outros países do continente
respondem por 38,3% desse tipo de provimento. O fornecimento da Ásia garante
80,5% das peças utilizadas pelo setor.
Decisões
A sondagem da Abinee também
possibilitou um diagnóstico sobre como a escassez de peças tem afetado as
decisões dos industriais do segmento. A conclusão foi de que somente 4% deles
já têm suspendido parcialmente suas atividades.
Além disso, outra parcela, de
15%, declarou que pretende pausar a produção nos próximos dias, com preferência
pela interrupção parcial. A maioria (54%) sinalizou que ainda não planeja parar
as esteiras, mas disse que a decisão dependerá de quanto tempo levará para o
problema de abastecimento ser resolvido.
Desempenho
Metade dos fabricantes
consultados pela Abinee avalia que o desempenho do setor no primeiro trimestre
deste ano será mantido intacto, mesmo com a falta de peças. Para 33% deles,
ainda não é possível prever como se sairão no período e, para 17%, a tendência
é de que encerrem março com um resultado 22% inferior do que o projetado.
A expectativa dos empresários
é de que normalizem o ritmo em dois meses, em média, após a retomada de
remessas de peças da China.
O presidente executivo da
Abinee, Humberto Barbato, disse que, ao que tudo indica, mais fábricas chinesas
devem suspender suas operações. Todavia, Barbato considera que, por enquanto,
não há risco para os industriais do Brasil, porque, segundo ele, a produção
nacional de peças deve dar conta das demandas atuais.
Fonte: Agência Brasil
com informações da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica
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