Um ano para este Júpiter quente passa em menos tempo do que um dia na Terra. (foto: Portal Hypescience) |
Sua órbita
é bem próxima do seu sol, o equivalente a 27 vezes mais próximo do que Mercúrio
do nosso próprio sol
Astrônomos da Universidade de
Warwick observaram um exoplaneta orbitando uma estrela em apenas 18 horas, o
período orbital mais curto já observado para um planeta deste tipo. Ele foi
chamado de NGTS-10b, e está a 1000 anos-luz da Terra.
Isso
significa que um único ano para este Júpiter quente passa em menos tempo do que
um dia na Terra. “Júpiter quente” é uma classe de planetas com massa e
composição comparáveis às de Júpiter.
Esta
descoberta foi detalhada em um novo artigo publicado na última quinta-feira, 20,
na revista Monthly
Notices of the Royal Astronomical Society, e os autores do trabalho
acreditam que o planeta esteja espiralando diretamente para a autodestruição.
“Estamos
muito empolgados em anunciar a descoberta do NGTS-10b, um planeta do tamanho de
Júpiter com um período extremamente curto que está orbitando uma estrela não
muito diferente do nosso sol”, diz o pesquisador principal do trabalho, James
McCormac.
Observatório
O
planeta foi localizado pelo Next-Generation Transit Survey (NGTS), uma pesquisa
com foco em exoplanetas que utiliza as instalações do Observatório Paranal do
deserto do Atacama, no Norte do Chile.
Segundo
McCormac, o NGTS está fazendo um trabalho pioneiro na pesquisa de exoplanetas
através de observatórios na Terra.
“Apesar de, em teoria,
Júpiters quentes com períodos curtos de órbitas (menos de 24 horas) serem os
mais fáceis de detectar por causa do grande tamanho e frequentes passagens,
eles são comprovadamente extremamente raros. De centenas de Júpiters quentes
conhecidos, há apenas sete com período orbital de menos de um dia”, detalha
ele.
O
NGTS-10b tem uma órbita tão próxima do sol que seria o equivalente a ele estar
27 vezes mais próximo do que Mercúrio do nosso próprio sol. Isso quer dizer que
ele está perigosamente próximo do sol dele, ao ponto de estar prestes a ser
destruído.
A estrela deste exoplaneta tem
70% do raio da nossa e é 1000ºC menos quente.
O NGTS-10b, por outro lado, é 20% maior que o nosso Júpiter e tem o dobro da
massa. Os cientistas estimam que tanto o sol quanto o planeta têm cerca de dez
bilhões de anos.
Esse
tipo de planeta provavelmente migra da periferia do sistema solar dele e acaba
consumido ou têm a órbita alterada radicalmente pela estrela.
Iminência
Agora
os astrônomos querem continuar acompanhando este exoplaneta pelos próximos dez
anos para determinar se este planeta vai permanecer na atual órbita ou se vai
espiralar em direção ao sol e se destruir.
Este
estudo é uma colaboração entre as universidades do Reino Unido Warwick,
Leicester, Cambridge, a universidade Belfast (Irlanda do norte), além do
Observatório de Genebra (Suíça), DLR Berlim e a Universidade do Chile.
Fonte: Portal Hypescience/Universidade de Warwick/Phys.org
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Prezados (as), reservo-me ao direito de moderar todos os comentários. Assim, os que me chegarem de forma anônima poderão não ser publicados e, desta forma, tão menos respondidos. Grato pela compreensão, espero contribuir, de alguma forma, com as postagens neste espaço.