quinta-feira, 12 de setembro de 2019

CEBOLA NO QUARTO PARA AMENIZAR TOSSE REALMENTE FUNCIONA?

Mãe coloca cebola no quarto para aliviar tosse de filho e ele vai parar na UTI
Para amenizar a tosse do filho Henzo, a assistente financeira Juliana Ishiara, 35 anos, decidiu usar uma receita que viu na internet para o problema: cortou uma cebola em quatro partes e colocou ao lado da cama do garoto.
Em entrevista à revista Crescer, Juliana conta que, em poucos minutos, a criança começou a ter uma crise de tosse forte. "Ele puxava o ar, mas não conseguia respirar. O esforço para tossir era tamanho que, em minutos, ele vomitou e começou a ficar muito cansado. Eu escutava um forte barulho quando ele tentava respirar", afirma.
Como o quadro não passava, ela levou o filho para o hospital. Ao chegar no local, ele recebeu oxigênio, tomou injeção de adrenalina, fez inalações e foi encaminhado para a UTI.
Felipe Monti Lora, pediatra e gerente médico do Pronto-Socorro do hospital Sabará, alerta que recorrer a métodos caseiros pode ser muito perigoso. "A cebola tem alguns mitos e um deles é que ela tem efeito bactericida, o que não é verdade. Não há nenhum respaldo científico nisso", diz.
Depois de mais de cinco dias internado na UTI, Henzo teve alta e Juliana decidiu investigar o problema e seguir com tratamento.
Riscos
O pediatra explica que, ao usar a cebola para tentar diminuir sintomas respiratórios, os efeitos podem ser inversos.
Segundo Lora, há o risco de gerar uma resposta inflamatória grave nos brônquios, fechando a passagem de ar, conhecido popularmente como bronquite. "Se ele tem uma tendência a ter asma no futuro, o excesso de resposta no pulmão, o cheiro da cebola ou outro odor podem desencadear uma bronquite e problemas respiratórios", ressalta.
Além disso, pode gerar anafilaxia – um tipo de alergia grave – impedindo a passagem de ar próximo à laringe.
O especialista ressalta que, nesses casos, o ideal é utilizar soro nasal ou fazer uma inalação com o líquido para aliviar os sintomas de tosse e desconfortos respiratórios. Se o quadro não passar, deve-se procurar um médico especializado.
Fonte: Portal Viva Bem/Uol

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