Divulgação/Epamig |
A EPAMIG é uma instituição
vinculada à Seapa e as pesquisas realizadas entre 2015 e 2019 tiveram apoio
financeiro da Fapemig e do CNPq
Flores de manjericão fresco roxo no jardim. (Foto de elena.hramova) |
A Empresa de Pesquisa
Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) realiza estudos para reduzir a aplicação
de defensivos químicos no cultivo de roseiras. Os trabalhos conduzidos no Campo
Experimental Risoleta Neves, em São João del-Rei, testam o uso de plantas com
flores para atrair insetos benéficos. “Já verificamos que o manjericão (foto) e o cravo ajudam a reduzir as populações das pragas como
pulgão e ácaro. Essas plantas também atraem insetos como as joaninhas, os
crisopídeos, os parasitoides, dentre outros, que comem as pragas presentes na
área de cultivo”, explica a pesquisadora Lívia Carvalho.
As
rosas são bastante suscetíveis ao ataque de pragas, como pulgões, ácaros e
moscas brancas, que podem causar danos às flores. Como o aspecto visual é
bastante valorizado na comercialização, muitos agricultores tendem a realizar
pulverizações com inseticidas na tentativa de conter as infestações.
Entretanto, assim como ocorre na produção de alimentos, o uso excessivo de
produtos químicos pode causar efeitos negativos ao ambiente, aos trabalhadores
e aos consumidores.
Divulgação/Epamig |
As
técnicas de produção integrada buscam a diminuição do uso de agrotóxicos no
cultivo da roseira (foto), além de contribuir para a melhoria na qualidade
das flores produzidas. “O uso do controle biológico é uma tendência crescente
no mercado nacional e internacional com foco na qualidade dos produtos e no
respeito ao ambiente e a saúde dos trabalhadores”, completa a pesquisadora
Lívia.
Um
experimento realizado em propriedade na zona rural de São João del-Rei, no ano de
2016, apontou vantagens do uso do manjericão na atração de insetos benéficos e
redução das pragas, inclusive, na comparação com o controle químico. Enquanto o
manjericão atraiu uma diversidade de inimigos naturais, a área de cultivo
convencional, apesar de sucessivas pulverizações de produtos químicos,
registrou a ocorrência de várias pragas, que se alimentam de materiais vegetais.
Imagem: Ceviche de Flores, Chef Alex Atala. E sanduíche de salmão com flores. (Foto: Carol Gherardi) |
Atualmente,
os produtores Antônio e Maura Taroco estão utilizando o manjericão para o
controle biológico no cultivo de flores comestíveis (foto). “Notamos,
no trabalho com as rosas, que o manjericão repele bastante e nas flores
comestíveis não podemos usar nenhum tipo de defensivo”, afirma Antônio,
acrescentado que existe um mercado diferenciado para a comercialização de
flores comestíveis em sistema agroecológico. “Essas flores, assim com as
hortaliças orgânicas, têm um ganho no valor”.
Os projetos de pesquisas
realizados no período de 2015 a 2019 tiveram apoio financeiro da Fundação de
Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A EPAMIG é uma instituição
vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
Fonte: Ascom EPAMIG
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