quinta-feira, 12 de setembro de 2019

ESTUDO PRETENDE CONSOLIDAR CAFÉ VULCÂNICO NA REGIÃO DE POÇOS DE CALDAS

FotoAna Cagnani Leite
Parceria entre instituições pretende tonar região da caldeira vulcânica referência em todo o país 
Parceira entre a Associação dos Cafés Vulcânicos, os campi de Machado (MG) e Poços de Caldas (MG) do Instituto Federal do Sul de Minas, Prefeitura de Poços de Caldas e Sebrae-MG deu início a um estudo mercadológico que pretende tornar a região da caldeira vulcânica de Poços de Caldas, município do Sul de Minas Gerais, chamada “café vulcânico”, referência em todo país.
Estudo mercadológico quer tonar o café da
região vulcânica referência em todo o país.
Foto: Arquivo Pessoal/Leandro Carlos Paiva
Segundo o pesquisador e professor de Indústria e Qualidade do Café do IF Sul de Minas, Leandro Carlos Paiva, a ideia, que a princípio tinha apenas o objetivo de conseguir a identificação geográfica e de procedência do café vulcânico junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), evoluiu dos últimos dois anos pra cá, e pode beneficiar 11 municípios da região da bacia vulcânica.
“A gente está visualizando que esse vulcão que tá aí contemplando toda essa área, tem muito mais coisas pra oferecer para o povo, para o consumidor e para o Brasil inteiro. Nossa região é muito rica, e esse ‘place branding’ vai ajudar a mostrar o que a gente pode explorar”, comentou.
Explorar e continuar com a consolidação do café vulcânico ainda é visto como essencial para todo o processo, mas, de acordo com o professor, o estudo vai fazer com que a ideia avance ainda mais, porém de uma maneira mais correta e eficiente.
“A ideia é seguir com o café. Só que agora a gente não vai só consolidar uma marca ou buscar uma identificação geográfica. A identificação geográfica é assegurar no INPI a nossa notoriedade. Não vamos mais buscar só assegurar nossos direitos sobre essa notoriedade, mas nós vamos buscar uma consolidação dos nossos mercados, dos nossos produtores e da nossa região. Vamos buscar um mercado maior, que atenda o consumidor final”, pontuou Paiva.
Em 1993, um estudo semelhante realizado no então chamado “café do cerrado” apontou que era possível agregar muito mais valor do que uma simples marca no produto, tornando assim uma região muito mais forte e conhecida nacionalmente.
Produtores de sete cidades criaram a
Associação dos Cafés Vulcânicos há 3 anos.
Foto: Reprodução EPTV
“A identificação geográfica dele era ‘café do cerrado’. E este mesmo estudo mostrou que não era o café a coisa mais importante que se tinha, mas sim a região inteira. Era a atitude dos produtores, a atitude dos filhos dos produtores, a forma com que eles conseguiam fazer, e a governança que eles tinham pra fornecer o café. Quando mostrou isso, viu-se que o café do cerrado era só uma marca, um agregado. Aí eles se transformaram na região do cerrado mineiro, o que trouxe outra visão de mercado”, salientou.
O professor destaca ainda que a região é repleta de qualidades únicas, o que deve fazer com que o título “vulcânico” não fique apenas com o café, mas que, em um futuro próximo, atinja outras áreas também.
“Estamos enxergando que toda nossa região tem qualidades únicas, por exemplo, a de turismo. Talvez nossa notoriedade está em receber, trazer as pessoas e mostrar a região, os cafés vulcânicos e a qualidade deles. Mas a gente está vendo notoriedade em outras áreas também, como, por exemplo, as uvas e os vinhos de Andradas (MG), os queijos, os doces de Caldas (MG) e Santa Rita de Caldas (MG). Os cafés especiais da Serra de São Sebastião da Grama (SP), de Divinolândia (SP). Toda a rota turística que tem na região, como os cristais que têm em Poços de Caldas”, concluiu.
Fonte: G1/Sul de Minas

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