Evento realizado em Araxá premiou mineiros nas categorias
super ouro, ouro, prata e bronze
Minas
Gerais provou mais uma vez que o queijo produzido no estado é um dos melhores
do mundo. Produtores mineiros foram premiados nas categorias super ouro, ouro,
prata e bronze no Mundial do Queijo do Brasil, realizado entre os dias 8 e 11
de agosto, em Araxá, região do Alta Paranaíba de Minas Gerais.
Muitos
dos produtores vencedores são assistidos pelo Governo de Minas Gerais, por meio
de programas coordenados pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Seapa) e executados pela Empresa de Assistência Técnica de Minas
Gerias (Emater-MG), Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e Empresa de Pesquisa
Agropecuária (Epamig).
O Mundial
do Queijo do Brasil foi realizado pela SerTãoBras e contou com o apoio do
Governo de Minas, por meio do Sistema Seapa (Emater-MG, IMA e Epamig). Dos 955
queijos avaliados, 239 foram premiados. Foram 20 super ouros, 35 ouros, 72
pratas e 112 bronzes. O concurso reuniu 93 jurados de várias partes do mundo.
Os queijos foram separados em 60 mesas, de acordo com a categoria de
fabricação. Em cada mesa, 20 queijos foram apresentados e avaliados por três
jurados. Eles analisaram aparência externa e interna, aroma, textura e sabor.
Foram contempladas todas as famílias tecnológicas de fabricação: massa mole de
casca florida, massa mole de casca lavada, massa prensada crua, massa prensada
cozida, queijos azuis, massas filadas, dentre outras.
Os
produtores mineiros ficaram com quase 70% dos prêmios, totalizando 163 produtos.
Desse total, 75 produtores são assistidos pelo Sistema Seapa.
Campeões
Arnaldo
Ribeiro Pinto, do município de Delfinópolis, Sul de Minas, foi um dos
vencedores. O queijo dele, que pertence à região produtora Canastra, foi
premiado na categoria ouro, com maturação de 25 dias. O curioso é que Arnaldo
não pretendia participar. “Eu não estava pensando em entrar no concurso. Fui
entregar os queijos de uma amiga produtora inscrita e acabei resolvendo
participar em cima da hora. É um atestado internacional de qualidade do nosso
queijo. É muito significativo saber que estamos no caminho certo, apesar das
dificuldades do dia a dia”, afirmou.
Em junho
de 2019, o produtor também foi premiado na categoria super ouro na quarta
edição do Mondial du Fromage, em Tours, na França. Arnaldo produz queijos há
quatro anos. São 35 peças por dia, comercializadas em Delfinópolis e São Paulo.
O produto é registrado junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). O
produtor, que recebe assistência técnica da Emater-MG, recebeu das mãos do
governador o Selo Arte. Regulamentado pelo governo federal, no mês passado, o
Selo Arte viabiliza a comercialização interestadual dos produtos artesanais de
origem animal.
O casal
Richard e Maria Cristina Santos, do município de Datas, região Central, produz
queijo há dez anos e recebe orientação técnica da Emater-MG. Eles fabricam as
variedades de queijo mole de casca lavada e casca florida. Os produtores foram
premiados na categoria super ouro com o queijo de casca florida maturação de
120 dias. “É muita emoção. Além da qualidade do queijo, a gente busca a
segurança alimentar de quem está consumindo. Há cerca de dez anos, a gente tem
um rebanho completamente livre de brucelose e tuberculose. Queremos que as
pessoas consumam com tranquilidade”, disse Richard. Em junho deste ano, o casal
foi premiado na categoria bronze do Mondial du Fromage, em Tours, na França.
Os irmãos
Luiz Sérgio e Carlos Medeiros também receberam prêmios no Mundial do Queijo do
Brasil. A propriedade deles fica em Cruzília, Sul de Minas. Eles foram
premiados com dois super ouros e dois ouros. Os irmãos já participaram e
venceram diversos concursos promovidos pelo Instituto de Laticínios de Cândido
Tostes (ILCT), vinculado à Epamig. Segundo Carlos, o aprendizado foi importante
para a produção. “Vários dos produtos que desenvolvemos para os concursos do
instituto foram para o mercado depois”, diz Medeiros.
“O
Sistema Seapa desenvolve diversas ações destinadas à regulamentação das
queijarias, oferece orientação técnica sobre boas práticas agropecuárias – como
o controle sanitário, alimentação do rebanho, higiene na ordenha, qualidade do
leite, adequação das queijarias, dos currais, processamento do queijo e boas
práticas de produção. Isso tudo vai impactar positivamente na qualidade dos
produtos”, pontua a coordenadora técnica estadual da Emater-MG, Maria Edinice
Rodrigues.
Mais
informações podem ser obtidas através do link Mundial de Queijo do Brasil.
Foto: Arquivo Emater-MG e Internet
Fonte: Ascom
Emater-MG
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