Ana Cristina Pimentel da Silva assiste ao depoimento de Lindemberg Alves agora a tarde no Fórum de Santo André
Santo André, SP – Ana Cristina Pimentel da Silva [foto], mãe da menina Eloá Cristina, morta em outubro de 2008 após cem horas de cárcere privado, resolveu ir ao Fórum de Santo André, na Grande São Paulo, para assistir ao depoimento do acusado do crime, Lindemberg Alves. A mãe da vítima havia passado mal pela manhã desta quarta-feira, 15, e não compareceria ao local.
O depoimento de Lindemberg é o mais aguardado, pois esta é a primeira vez que o acusado falará sobre o caso em três anos. Mais cedo o júri ouviu o policial Paulo Sérgio Squiavo, que esteve à frente da invasão do apartamento onde o réu mantinha a menina e a amiga, Nayara Fernandes, presas. Durante o depoimento, o tenente da PM detalhou a ação das autoridades no momento da entrada na casa.
Outros depoimentos
Ontem, 14, os repórteres Rodrigo Hidalgo e Márcio Campos, da Band, depuseram. Eles ficaram 30 horas em confinamento para servir como cidadãos no julgamento.
A terça-feira também foi marcada por tumulto durante os depoimentos. A juíza Milena Dias e a advogada de defesa, Ana Lúcia Assad, chegaram a bater boca. Em um dos depoimentos mais longos, o capitão do Gate, Adriano Giovanini afirmou que a invasão aconteceu apenas quando não havia mais o que fazer.
A defesa do réu dispensou o depoimento da mãe da vítima, Ana Cristina Pimentel, que estava entre as testemunhas a depor na manhã de hoje. O irmão mais velho de Eloá, Ronickson Pimentel dos Santos, disse, em seu depoimento, que Lindemberg “é um monstro”.
Acusação
Lindemberg responderá por homicídio qualificado, tentativa de homicídio, cárcere privado e disparo por arma de fogo. Ao todo 19 testemunhas devem ser ouvidas, sendo cinco da acusação e 14 de defesa.
A pena mínima defendida pela promotora Daniela Hashimoto é de 50 anos. Mas como já está preso há três anos, Lindemberg ficará na cadeia no máximo mais 27, já que o limite de tempo de prisão no Brasil é de 30 anos. O julgamento deve terminar na noite desta quarta-feira.A advogada de Lindemberg, Ana Lúcia Saad [foto], tenta convencer o júri de que a invasão policial provocou a tragédia. A versão é contestada pela promotora. “A polícia tinha autorização para entrar a qualquer momento. Ele entrou com a intenção de matá-la”.
Crime
A morte de Eloá ocorreu em 15 de outubro de 2008, em Santo André (SP). Quatro dias antes, ela e mais três pessoas – Nayara e mais dois amigos de escola – foram raptados por Lindemberg.
Após algumas horas de negociação com a polícia, Lindemberg libertou os dois jovens e, mais tarde, soltou Nayara. Ela, no entanto, acabou retornando para ajudar a amiga.
O sequestro se arrastou por cerca de cem horas e terminou quando a polícia invadiu o prédio. Eloá e Nayara foram baleadas, mas somente a segunda sobreviveu aos ferimentos.
(*) Com informação Band e R7
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