sábado, 1 de outubro de 2011

Estado da Palestina é viável, diz embaixador

Ibrahim Al Zeben, embaixador palestino no Brasil, critica a ação dos EUA no processo e diz que é possível a paz com os judeus

Brasília, DF - A criação do Estado da Palestina é uma meta viável e é fundamental para se obter a paz entre árabes e judeus. A declaração foi do embaixador palestino no Brasil, Ibrahim Al Zeben [foto], em entrevista ao editor do BandNews TV, Fábio Piperno.
O embaixador criticou duramente os Estados Unidos, por anunciar que vetarão o pedido de criação do Estado Palestino, apresentado à ONU. "Os EUA devem atuar como mediadores e não como parte do conflito".
Confira a entrevista exclusiva com o embaixador palestino no Brasil
No entanto, Al Zeben acredita que os palestinos atinjam o objetivo de terem seu próprio estado. "Ainda tenho esperança de que os EUA não usem o veto e assumam sua responsabilidade histórica de superpotência como mediador”.
Europa e Israel
O embaixador também não poupou críticas à Europa e afirmou que as nações do velho continente têm a maior responsabilidade pelo atual quadro de tensão entre árabes e israelenses.
“Eles têm sido a causa, o fundamento desta crise. Quem criou o holocausto foi a Europa. Depois, eles criaram o Estado de Israel. Tanto judeus quanto os palestinos da atualidade são vítimas dos europeus”.
Ele também afirmou que não é possível haver negociação com Israel enquanto não forem interrompidas as construções de assentamentos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. “Os assentamentos e o muro são mudanças demográficas ilegais. O direito internacional as define como ilegais. E o que é ilegal tem de ser desmantelado”.
Viabilidade
Al Zeben afirma que, além da viabilidade política, os palestinos também têm condições econômicas para manter um Estado próprio. “O Banco Mundial acaba de ditar seu veredicto que sim. Temos condições, territórios e recursos naturais e humanos. E confio que as futuras gerações farão da Palestina um oásis, com vida digna”.
Mesmo com o aumento da tensão, ele acredita que é possível construir a paz na região. "Queremos ver nossos filhos em um campo de futebol e não em um campo de guerra", afirmou.

(*) Com informação BandNews

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