segunda-feira, 11 de julho de 2011

Denúncias de turismo sexual serão investigadas

EUA também deverão investigar caso de turismo sexual no Brasil. O New York Times noticiou investigação de empresa acusada de turismo sexual no Brasil. Caso foi revelado pelo Jornal da Record
Brasília, Brasil – A ministra da Secretaria das Mulheres, Iriny Lopes, afirmou, ontem, 10, que o governo federal não ficará parado em relação às denúncias de turismo sexual na Amazônia, supostamente realizadas pela empresa Wet-A-Line Tours. O caso já havia sido denunciado pelo Jornal da Record (JR) em outubro de 2010.
Em entrevista ao G1, Iriny disse que cogita enviar comissão para investigar as denúncias na região amazônica. “Tomei conhecimento do caso pela matéria. Amanhã [hoje, 11] tomaremos pé da situação e, se for necessário, enviaremos uma comissão à Amazônia”, assegurou acrescentando que o importante é que o caso não seja arquivado, como quer o dono da agência, Richard Schair. “Precisamos acompanhar para que o caso não seja arquivado, o que não pode é ele interromper o curso da investigação”, frisou.
Extensão
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está investigando uma empresa americana por suspeita de explorar o turismo sexual no Brasil, segundo reportagem do diário americano The New York Times (NYT).
A reportagem do JR mostrou que, na época, a Polícia Federal de Manaus havia recebido uma denúncia de que empresas que vendem pacotes de turismo de aventura e pesca esportiva na Amazônia no Brasil e nos Estados Unidos estariam promovendo orgias durante as viagens. Menores de idade estariam nos barcos de luxo para serem exploradas sexualmente por turistas estrangeiros.
Apuração
A ONG (Organização Não-Governamental) Equality Now ajudou a abrir, no mês passado, um processo criminal na corte federal do Estado da Geórgia (Sul dos EUA) contra Richard Schair – empresário do setor imobiliário e dono da empresa de viagens Wet-A-Line Tours (que fechou). Ela destacou que foi a primeira vez que a Lei de Proteção a Vítimas de Tráfico e Violência (aprovada em 2000 nos EUA) foi usada para um caso de exploração do turismo sexual.
Segundo o NYT, o caso foi aberto após a queixa feita por quatro mulheres brasileiras. Elas disseram ter sido forçadas, quando eram menores de idade, a trabalhar como prostitutas para americanos em expedições promovidas por uma empresa operada por Schair – uma delas teria 12 anos de idade quando foi submetida a esse trabalho.
Em outubro do ano passado, o JR revelou o caso de sete meninas de comunidades ribeirinhas no estado do Amazonas. Todas eram menores quando o caso aconteceu, em 2004.
Sob Sigilo
A empresa estadunidense Wet-A-Line Tours, que organizou excursões pesqueiras na Amazônia, está sendo investigada sob suspeita de explorar o turismo sexual no Brasil. De acordo com a Folha, investigações da Polícia Federal apontaram que ao menos 15 meninas foram vítimas de estupros e aliciamento nas viagens promovidas pelo proprietário da agência, Richard Schair. As meninas são da cidade de Autazes, a 118 km de Manaus, e eram aliciadas, segundo a polícia, para participar dos passeios pesqueiros. Além de Schair, são réus na ação penal José Lauro Rocha da Silva, proprietário da agência de turismo brasileira, Daniel Geraldo Lopes, Juscelino de Souza Motta e os irmãos Admilson e Adilson Garcia da Silva. O processo do caso está em segredo de Justiça no Brasil. O dono da empresa negou envolvimento com prostituição infantil nos depoimentos à Polícia Federal.

Confira toda a notícia através do link: http://noticias.r7.com/brasil/noticias/eua-vao-investigar-caso-de-turismo-sexual-no-brasil-20110710.html

(*) Com informação NYT, R7, G1, BN e Jourliq

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Prezados (as), reservo-me ao direito de moderar todos os comentários. Assim, os que me chegarem de forma anônima poderão não ser publicados e, desta forma, tão menos respondidos. Grato pela compreensão, espero contribuir, de alguma forma, com as postagens neste espaço.