Brasília, Brasil – Foram apreendidas 11 toneladas de maconha e cocaína nos primeiros 30 dias da operação Sentinela de combate ao crime organizado nas fronteiras brasileiras [foto], segundo informações do Ministério da Justiça. Também foram presas 550 pessoas em flagrante, apreendidos 183,7 mil aparelhos eletrônicos e 358 mil pacotes de cigarro.
A apreensão de maconha nas fronteiras representou uma alta de 64,2% na comparação com as 6,3 toneladas retidas no período de janeiro a maio, segundo o ministro JoséEduardo Cardozo (Justiça) [foto]. Segundo ele, o resultado foi "extremamente positivo".
O crescimento das apreensões, diz o ministro, se deve à ação coordenada entre os ministérios da Justiça e da Defesa e as polícias nacionais dos países vizinhos. Houve uma reformulação da política de fronteiras, que agora tem a participação integrada da Polícia Federal, da Polícia Nacional Rodoviária e da Força Nacional.
Ele ainda afirmou que a parceria com países fronteiriços tem contribuído para a diminuição do plantio de drogas em territórios vizinhos. Segundo o ministro, a questão é estratégica porque as fronteiras brasileiras ocupam 27% de todo o território nacional – cerca de 2,3 milhões de km2, ao longo de 11 Estados.
Dados do Ministério apontam que foram erradicados 900 hectares de coca no Peru – o que resultaria em 600 quilos de cocaína – e 900 hectares de maconha no Paraguai – que daria origem a 1.200 toneladas da droga.
"O desejo é não fazer apreensões, mas atuar de forma que não haja mais apreensões. A ‘erradicação do solo’ dos países vizinhos é uma estratégia que botamos muita fé, porque erradicando conseguiremos reduzir fortemente o tráfico de drogas", afirmou Cardozo.
Os custos, o efetivo, os períodos e os locais onde há atuação da operação Sentinela não foram divulgados por motivos de segurança.
(*) Com informação ANJP
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