segunda-feira, 13 de junho de 2011

Nuvem de cinzas leva a cancelamentos de voos na Austrália e Nova Zelândia

Cerca de 1,5 mil passageiros da Qantas foram afetados; ventos empurraram cinzas de vulcão chileno a mais de 9 mil km de distância
A nuvem de cinzas do vulcão chileno Puyehue levou empresas aéreas a cancelarem voos na Austrália e na Nova Zelândia. A companhia aérea australiana Qantas teve de cancelar neste domingo seus voos domésticos e várias conexões com a Nova Zelândia devido às cinzas na atmosfera procedentes da nuvem do vulcão.
As cinzas foram empurradas por fortes ventos a 9,4 mil km de distância do vulcão, que fizeram com que as partículas se deslocassem por cima do Pacífico, até a Austrália e a Nova Zelândia, a uma altitude entre 6 mil e 10 mil metros.
A Qantas cancelou todos seus voos de domingo para a ilha australiana de Tasmânia, no sul, e seus voos entre a Austrália (nas cidades de Sydney e Melbourne) e Nova Zelândia (nas cidades de Christchurch, Wellington e Queenstown). Segundo o porta-voz da compahia, cerca de 1,5 mil passageiros foram afetados pelos cancelamentos.
Outras companhias aéreas também interromperam pousos e decolagens na região, deixando milhares de passageiros sem alternativas para viajar.
A Virgin Atlantic cancelou 34 voos domésticos e um internacional que partiria de Melbourne. A Jetstar também cancelou voos da Nova Zelândia e da Tasmânia para a Austrália. A companhia Air New Zealand disse não ter feito alterações em horários de voos, mas está ajustando as suas rotas. A empresa prevê que a nuvem de cinzas vulcânicas provoque transtornos ao longo de toda a semana.
Passageiros na Tasmânia disseram à televisão australiana ABC News que temem ficar vários dias presos na ilha, já que os serviços de barcas para a Austrália estão lotados nos próximos dois dias.
América do Sul
Ao longo da semana passada, o vulcão chileno também provocou atrasos no Brasil, Chile, Argentina e Uruguai.
Somente na quinta-feira, mais de 300 voos foram cancelados em Buenos Aires, que fechou seus aeroportos por dois dias. No Uruguai, o Aeroporto de Carrasco em Montevidéu reabriu no sábado, com pousos e decolagens. O terminal havia deixado de operar desde as 6h locais de quinta-feira por causa da nuvem de cinzas.
Buenos Aires é um dos principais pontos de conexão aérea para a América do Sul, com dezenas de voos diários para outros países da região, assim como Europa e EUA. Além dos dois aeroportos que atendem Buenos Aires, sete outros regionais na Argentina foram fechados por conta da nuvem de cinzas vulcânicas.
As cidades turísticas de Bariloche e Villa La Angostura - esta a 40 km do vulcão chileno Puyehue - são as mais afetadas pela situação.
No Brasil, as companhias aéreas começaram a normalizar as operações nos aeroportos do sul do País, de Montevidéu, Buenos Aires.
O Puyehue, que estava adormecido desde 1961, entrou em erupção em 4 de junho, provocando uma nuvem de cinzas sobre os Andes e atrapalhando o tráfego aéreo na América do Sul há dias. A cadeia de vulcões Puyehue-Cordon Caulle tem cerca de 2 mil vulcões e é a segunda maior do mundo, atrás apenas da Indonésia.
Essa foi a mais recente em uma série de erupções vulcânicas no Chile nos últimos anos. O vulcão chileno Chaitén entrou em erupção de maneira espetacular em 2008 pela primeira vez em milhares de anos, arremessando rochas derretidas e uma vasta nuvem que chegou à estratosfera.

(*) Com informações EFE e BBC

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