José Rainha, uma funcionária do Incra e outras sete pessoas foram presas na operação “Desfalque”Presidente Prudente, SP – O líder dos Sem-Terra, José Rainha Jr., foi preso ontem, 16, pela Polícia Federal (PF), em Presidente Prudente, município do Oeste de São Paulo [em vermelho no mapa], sob suspeita de integrar quadrilha envolvida em desvios, extorsão, estelionato e extração ilegal de madeira. A prisão é temporária. A operação, denominada “Desfalque”, prendeu mais oito pessoas. Ainda foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão. A investigação corre em segredo de Justiça.
A reportagem apurou que entre os presos estão o irmão e advogado de José Rainha, Roberto Rainha, e uma funcionária do Incra em São Paulo.
José Rainha [foto] tem passagens pela prisão por furto,formação de quadrilha, coautoria em dois homicídios, porte ilegal de arma, entre outros crimes.
Segundo a PF, o grupo preso é suspeito de usar associações civis para desviar verbas para manutenção de assentamentos. Em um dos casos, o líder e outras oito pessoas são suspeitas de desviar R$ 212 mil enviados pelo Incra à Associação de Amigos de Teodoro Sampaio. Ao todo, a polícia apura repasses a associações do Pontal do Paranapanema (SP) que somam R$ 5 milhões.
A reportagem não localizou os advogados de José Rainha. A advogada de Roberto Rainha, Jeane Ambrósio, disse que irá definir a estratégia de defesa nesta sexta-feira, 17, depois de ter acesso à investigação.
Sob Investigação
A Federação das Associações dos Assentados e Agricultores Familiares do Oeste Paulista (Faafop) e a Associação Amigos de Teodoro Sampaio, ligadas a José Rainha Jr. são investigadas também por desvio de recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Entre 2007 e 2009, as entidades receberam R$ 10 milhões através de convênio com o MDA para um programa de construção de moradias nos assentamentos, mas o Ministério Público Federal (MPF) encontrou irregularidades na prestação de contas da primeira parcela, de R$ 3,5 milhões. Notas frias teriam sido usadas para justificar as despesas.
Convênios do Incra/São Paulo com outras entidades ligadas aos Sem-Terra também estão sob investigação.
A Procuradoria da República em Ourinhos abriu inquérito para apurar a venda irregular de 400 mil metros cúbicos de madeira do Horto de Iaras. O MPF apura desvio semelhante no Horto Aimorés, em Pederneiras, região de Bauru.
(*) Com informação JCnet
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Prezados (as), reservo-me ao direito de moderar todos os comentários. Assim, os que me chegarem de forma anônima poderão não ser publicados e, desta forma, tão menos respondidos. Grato pela compreensão, espero contribuir, de alguma forma, com as postagens neste espaço.