quinta-feira, 16 de junho de 2011

Polícia Civil deixa o Rio para buscar Edmundo

Em depoimento ao delegado paulista, o ex-jogador disse estar tranquilo e com a consciência limpa
Rio de Janeiro, RJ – Equipes da Polinter saíram do Rio de Janeiro por volta de 9h de hoje, 16, com destino a São Paulo. Eles vão de carro até a capital paulista para buscar o ex-jogador e atual comentarista esportivo Edmundo, preso no início desta madrugada de hoje em um flat na Rua Amauri, zona Oeste de São Paulo [foto Terra].
Edmundo era considerado foragido após ter um mandado de prisão expedido pela Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro na última terça-feira, 14. Após ser preso, ele foi encaminhado para a 3ª Delegacia Seccional, em Pinheiros.
Segundo a assessoria da polícia do Rio, o ex-jogador deverá ser levado diretamente para o complexo penitenciário de Gericinó, onde ficará à disposição da Justiça. Edmundo não passará pela Polinter.
Buscas
Na tarde de ontem, 15, 12 agentes da Polícia Civil estiveram
em quatro endereços registrados em nome de Edmundo no Rio, mas ele não foi localizado. As buscas chegaram a ser interrompidas temporariamente, segundo o delegado da Divisão de Homicídios, Rafael Willis.
Em um dos endereços, foi encontrada a mulher de Edmundo que afirmou não saber onde o ex-craque tinha ido depois de passar pelo local ainda pela manhã.
Prisão
De acordo com as informações, o ex-jogador estava dormindo quando os agentes chegaram, não resistiu à prisão e seguiu com eles até Pinheiros.
Ainda durante a madrugada, ele prestou depoimento ao delegado Eduardo Castanheira – terminou por volta de 4h30 – e realizou exames de corpo de delito.
De acordo com o delegado, ele foi bem tratado e disse estar tranquilo e com a consciência limpa. "Agora, a polícia paulista fez sua parte e cabe ao Rio vir buscá-lo", disse o delegado ao canal de TV ESPN.
Ele será mantido em uma carceragem da delegacia de Pinheiros até a chegada de policiais civis da Polinter, que têm a missão de conduzir o jogador de volta para o Rio de Janeiro. A previsão é de que a polícia carioca chegue a São Paulo no início desta tarde.
Liberdade
O advogado de Edmundo, Arthur Lavigne Júnior [foto], já
se preparava, na manhã de hoje, 16, para, no início da tarde desta quinta-feira, ingressar com o pedido de “habeas corpus” no Tribunal de Justiça do Rio (TJ/RJ). Lavigne está na capital fluminense e aguarda a transferência do ex-atleta, que será levado de São Paulo para o Rio por policiais da Polinter, divisão de capturas da Polícia Civil.
Lavigne mantém o argumento de que o crime está prescrito e, portanto, a punição deve ser extinta. Segundo ele, o prazo para a prescrição é de oito anos, a partir da data de condenação (março de 1999), e não de 12 anos, "como entendeu o juiz da Vara de Execuções Penais (VEP)".
Retrospecto
Na madrugada do dia 02 de dezembro de 1995, Edmundo e alguns amigos seguiram para a boate Sweet Home, na Lagoa, zona Sul do Rio de Janeiro, onde encontraram Joana Martins Couto, 16, e sua amiga Déborah Ferreira da Silva, então com 21 anos. Como Joana não pode entrar na boate, seguiu com Edmundo até o bar El Turfe, na Gávea. Na esquina da avenida Borges de Medeiros com a rua Batista da Costa, na Lagoa, o Cherokee do atacante se chocou com o Fiat Uno cinza dirigido por Carlos Frederico Pontes, 24.
O carro de Edmundo [foto] capotou várias vezes e ficou
com as rodas para o ar, enquanto o Fiat foi jogado a uma distância de 30 metros e colidiu com um poste. Carlos Frederico morreu na hora. A namorada dele, Alessandra Cristina Perrota, 20, e Joana morreram algumas horas depois, no hospital Miguel Couto.
Na ocasião, Déborah quebrou a bacia, a quinta vértebra da coluna e quase ficou paraplégica. Além das duas amigas, também estavam no carro do ex-jogador o empresário Marckson Gil Pontes, 31, e a estudante Roberta Campos, 19. Os dois ficaram levemente feridos, assim como Natasha Marinho Ketse, 19, que estava no Fiat Uno.

(*) Com informação O Dia Online e AE

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