Ativistas admitem ter derrubado site da CIA, na semana passada, e invadido web do Senado dos EUA, entre outros
Brasília, Brasil – O coletivo hacker LulzSec, responsável pela invasão da rede Playstation Network, da gigante japonesa Sony, tentou invadir, logo nos primeiros minutos desta quarta-feira, 22, sites do governo brasileiro. “TANGO DOWN brasil.gov.br & presidencia.gov.br”, diz uma mensagem na conta de twitter do grupo postada por volta da meia noite. “Tango Down” é a expressão usada por elespara quando conseguem derrubar um site – ou seja, deixá-lo fora do ar, a exemplo da postada referente à Cia (Agência Central de Inteligência, dos EUA) [clique na imagem para ampliar].
Uma hora depois, outro tweet: “nossa unidade brasileira está fazendo progressos. Parabéns, irmãos do LulzSecBrazil”.
Wikileaks Now?
Segundo a assessora de Comunicação do Planalto, Ivonete Motta, houve de fato uma tentativa de invasão dos servidores governamentais, mas a situação foi rapidamente controlada pelo Serpro (Serviço de Processamento de Dados). Segundo ela, não houve invasão, eles teriam ficado fora do ar por causa de um congestionamento das redes, causado pelo próprio Serpro como medida de segurança.
Tendo em vista as últimas discussões quanto à abertura total dos arquivos do governo brasileiro, na chamada liberdade de informação, e todos os projetos e estratégias que devem ou possam estar guardados em algum arquivo virtual, especialistas acreditam que um ataque deste tipo não seria de se estranhar que serviria como moeda de troca,uma espécie de piratas tecnológicos.
Em nota oficial, divulgada no Blog do Planalto, é afirmado que “o Serpro detectou nesta madrugada, entre 0h30 e 3h, uma tentativa de ataque de robôs eletrônicos aos sites Presidência da República; Portal Brasil e Receita Federal. O sistema de segurança do Serpro, onde estes portais estão hospedados, bloqueou todas as ações dos hackers”.
O governo garante que nenhuma informação foi vazada ou acessada, e que todos os dados contidos nesses sites estão absolutamente seguros.
Desafio
Na última segunda-feira, 20, um adolescente de 19 anos foi preso em Essex, na região metropolitana de Londres, acusado de ser um dos membros da cúpula do LulzSec. Ryan Cleary foi detido em sua residência, mas o próprio grupo hacker já afirmou, em sua página oficial, que ele não tem nenhuma ligação com o coletivo e que as pistas que levaram ao nome do jovem foram planejadamente plantadas. “A Polícia britânica está claramente tão desesperada para nos pegar que eles acabaram prendendo alguém que, na melhor das hipóteses, tem uma associação ínfima com a gente. Que pena”, afirma uma nota do LulzSec.
Invasão
De acordo com diversas agências internacionais de notícias, o grupo ativista teria assumido, ontem, 21, a responsabilidade por derrubar, na semana passada, o site da CIA, e declarado estar iniciando uma guerra digital contra as agências governamentais e as empresas de segurança computacional do mundo inteiro.
Ainda conforme as agências, nas últimas semanas o grupo já vinha atacando diversos sites corporativos e governamentais nos Estados Unidos e anunciou que uniu forças com o Anonymous, outra agremiação de hackers menos coesa e menos poderosa.Além do ataque à CIA, que temporariamente tirou do ar o site da agência por meio de um ataque chamado “negação distribuída de serviço” (DDoS, na sigla em inglês), o LulzSec invadiu, entre outros, o servidor web do Senado dos EUA, conforme avisado [clique na imagem para ampliar].
Identificação
Para evidenciar a invasão ou desfiguração dos computadores invadidos, o LulzSec deixa, como marca de autoria, o texto “Antisec” [clique na imagem para ampliar] nesses sistemas.
O primeiro alvo da operação ofensiva, marcada no Twittercom a etiqueta #Antisec, foi a Serious Organised Crime Agency, uma agência governamental do Reino Unido, que teve seu site tirado do ar pelos ativistas por alguns minutos.
O grupo já tinha publicado um manifesto na quinta-feira passada, dia 16, mas em tom de deboche. (vide tradução em glo.bo/dm_manifestopar).
Apesar de tom irônico e muitos considerarem a atuação muito mais uma brincadeira do que o risco iminente de roubo de dados e informações ultra confidenciais, no endereço http://lulzsecurity.com/releases/ os ativistas deixam mensagens sobre os feitos ou seus “afazeres”.
(*) Com informações de agências internacionais
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