Washington, EUA – O Paquistão teria prendido cinco supostos informantes da CIA que participaram da operação militar estadunidense que resultou na morte do líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden [foto], no início do mês de maio deste ano, no Nortedaquele país, conforme noticiado hoje, 15, pela imprensa dos Estados Unidos.
Segundo o jornal “The New York Times”, entre os homens presos está um major do Exército paquistanês, que se encarregou do levantamento das placas dos carros que visitavam o esconderijo de Bin Laden, na cidade de Abbottabad.
O Exército paquistanês, no entanto, negou que algum de seus militares tenha sido detido.
De acordo com “The New York Times”, entre os detidos pelo ISI, o serviço de inteligência paquistanês [foto], tambémestaria o dono da casa alugada à CIA para monitorar Bin Laden na cidade de Abbottabad, onde foi morto.
"A história é falsa e totalmente sem fundamento", diz uma declaração oficial.
Fontes americanas contaram ao jornal que o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), Leon Panetta [foto], havia mencionado o destino dos informantes duranteconversações com militares e oficiais da inteligência paquistanesa, na semana passada.
Neste encontro, em particular, o diretor adjunto da CIA teria dado uma nota três, num total de 10, à cooperação do Paquistão com os Estados Unidos, nas ações de contraterrorismo.
Depois da morte de Bin Laden, correu a informação de que dois irmãos, parentes do mensageiro de Bin Laden, teriam sido presos no vilarejo onde moravam, o mesmo acontecendo com um funcionário das forças de segurança.
Semanas depois, também teriam sido presos o empreiteiro que construiu a casa onde Bin Laden foi morto, Nor Mohammad, um negociante de imóveis e o vizinho de Bin Laden.
Todos eles, com exceção do negociante, foram libertados, mas desapareceram em seguida. Ainda não se sabe se eles estão entre os informantes da CIA que foram detidos.
Após a operação que localizou Bin Laden – e de sua morte subsequente – em território paquistanês, as relações entre o Paquistão e os Estados Unidos passaram por um processo de deterioração visível, e as críticas de incompetência e cumplicidade humilharam o exército nacional.
O embaixador paquistanês nos Estados Unidos, HusainHaqqani [foto], afirmou ao jornal que a CIA e a ISI "trabalham em conjunto na luta contra a ameaça do terrorismo". "Portanto, não é apropriado que entremos em detalhes", limitou-se a comentar.
Oficiais americanos disseram ao jornal, por sua vez, que os agentes da ISI US, negaram-se nos últimos meses a realizar operações de vigilância para a CIA, além de rejeitarem vistos aos agentes de inteligência americanos, ameaçando impor restrições maiores aos voos dos aviões sem piloto americanos, drones, em seu espaço aéreo.
Segundo o “The New York Times”, a CIA se prepara para transferir para o Afeganistão alguns desses aparelhos que operam no Paquistão.
Já em Washington, o porta-voz do departamento de Estado,Mark Toner [foto], afirmou que a relação entre Estados Unidos e Paquistão é "forte" e necessária.
"Temos uma relação forte com nossos homólogos paquistaneses, e trabalhamos nas dificuldades quando elas se apresentam", disse.
(*) Com informação AFP Paris
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