Um único pacote de alforva pode ter causado o surto, diz a União EuropeiaEuropa – Depois dos pepinos espanhóis, além de verduras e legumes, brotos alemães de feijão e até hambúrgueres ingleses serem apontados como responsáveis pelo surto da bactéria E.coli, agora é a vez de sementes e leguminosa egípcias. A União Europeia (UE) decidiu, na última terça-feira, 05, banir importações de sementes e leguminosas do Egito até 31 de outubro após um carregamento de sementes de feno-grego (ou alforva) importado do país ter sido apontado como a provável origem do recente surto da bactéria E.coli que matou 49 pessoas na Europa, a maioria delas na Alemanha.
Um relatório da Agência Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês) apontou sementes de feno-grego importadas para a produção de brotos [foto] por uma empresa alemã como a fonte do surto que teve seu ápice entre maio e junho, no qual mais de quatro mil pessoas foram contaminadas.
"O relatório publicado hoje [terça-feira, 05] nos leva a retirar algumas sementes egípcias dos mercados da UE e implementar uma proibição temporária nas importações de todas as sementes e leguminosas vindas daquele país", disse o comissário do bloco para a Saúde, John Dalli, por meio de um comunicado.
Segundo a EFSA, foi proibida a importação de “sementes, frutas e esporos usados para plantações; leguminosas, com ou sem casca, congelados ou frescos; feno-grego; leguminosas secas, com casca ou descascados, cortados ou não; soja em grãos, partidos ou não; outras sementes e frutas oleaginosas, partidas ou não”.
A UE determinou ainda que sejam recolhidas, testadas e destruídas todas as sementes de feno-grego exportadas para o continente desde 2009 pela empresa egípcia identificada como a responsável pelo pacote contaminado.
A EFSA não divulgou o nome da empresa egípcia.
Bactéria
Autoridades alemãs inicialmente responsabilizaram fazendeiros espanhóis pelo surto, o que levou a Espanha a reagir, dizendo que irá exigir indenização pelos prejuízos.
A E.coli é normalmente transmitida por meio de fezes e se prende às paredes do intestino.
Cientistas dizem que a cepa da bactéria responsável pelo surto europeu é um híbrido agressivo tóxico a seres humanos e não identificado previamente em contaminação de alimentos.
A maioria das vítimas se recuperou após alguns dias de tratamento, mas centenas de pessoas infectadas desenvolveram sintomas potencialmente fatais, com reflexos nos sistemas renal e nervoso.
(*) Com informação BBC
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